Por Mauro Cezar | Uol: São Paulo (o Estado) tem cerca de 30% do PIB nacional. Seus clubes de
futebol saíram na frente na organização, na estrutura, nos anos 1990. O Rio de
Janeiro mergulhou em decadência econômica e o futebol foi junto. Mas no meio
disso tudo existe o Flamengo, que não é do Rio, mas do Brasil.
Sim, há mais rubro-negros fora do Estado onde está sediado do que em solo
fluminense. E é por isso que o clube tem capacidade de regenerar, sair do
buraco com a maior dívida do futebol brasileiro para encontrar estabilidade
financeira e, depois, poderio econômico igual ou maior do que nos acostumamos
a ver nos clubes paulistas.
A renda média de corintianos, são-paulinos, santistas e palmeirenses
certamente é maior do que a dos rubro-negros. Mas esses são muito numerosos,
presentes em todas as classes sociais, em cada canto do país. E em São Paulo é
quase impossível sair às ruas por algumas horas e não ver pelo menos uma
camisa do campeão brasileiro.
Essa força é tamanha que faz com que torcedores, mordidos, rotulem a torcida
rubro-negra que vive fora do Rio de Janeiro de "terceirizada". Conversa fiada
de comediantes mal sucedidos que não dizem o mesmo, por exemplo, dos
torcedores de times paulistas nascidos e criados no norte do Paraná.
Quando o Flamengo se despede do torcedor carioca rumo a mais uma final da
Libertadores e arrasta uma multidão de apaixonados, constatamos o reencontro
de uma camisa e sua gente, seu povo. Gente pobre e excluída dos estádios pela
elitização que assola o nosso futebol. E as reações são engraçadas até,
partindo dos que sentem a hegemonia ameaçada.
Um movimento popular vira tema de "análises" rancorosas, marcadas por inveja
de quem sempre sonhou ver no seu time um "Flamengo" com cores diferentes.
Infelizmente isso não parece possível, por melhor que seja o marketing.
Trata-se de uma força tamanha que a alguns incomoda, machuca, fere.
Imagine só como seria se os dirigentes atuais do clube de maior torcida no
Brasil soubessem tratar bem esse povo, entregando o mínimo do que necessitam.
O poderio seria maior, e levaria o Flamengo a outros patamares inimagináveis.
Mas o elitismo está embutido nos gabinetes da Gávea.
O Aero Fla é manifestação popular, é o povo reencontrando seus ídolos, sua
paixão. A final será no dia 27 e não sabemos quem vencerá. Mas sabemos que,
perdendo ou ganhando o Flamengo, na próxima grande decisão longe do Maracanã a
"Nação" vai tomar as ruas pedindo o mundo de novo.
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Imagem: Divulgação
5 Comentários
Nossa que viagem astral do editor , torcida que só apoia quando ganha, mas vai jogos que não aparece 5 mil gatos pingados , são torcedores comum , nada mais . Nunca vi uma festa de mais de 20 mil empurrando o time pensendo . 30 anos passou só no carioquinha.
ResponderExcluirDá pra ver pelo seu comentário que não conhece a história do Flamengo, muito menos a nossa torcida. Deixa de inveja, Jefferson.
ExcluirNão incomoda ninguém não, deixe eles recuperarem tempo perdido , mas aqui em São Paulo, nem lugar incomoda . Torcida modinha.
ResponderExcluirMais um incomodado!!
ExcluirEsse Mauro César e fustrado, tudo isso se deve a um clube de São Paulo, não preciso citar o nome ,tudo que o clube cria os outros copiam ,é falar que o Flamengo pagou a dívida que devia é querer enganar o povo, para de idiotice ,se eu fosse o Arnaldo e o Tirone não fazia live com sua pessoa ,argentino fustrado e mulambo fustrado,é vai dar as pepas campeãs da libertadores
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