Por Diogo Dantas | Extra: O retorno de Arrascaeta na semana da final da Libertadores traz boas
lembranças para a torcida do Flamengo. Em 2019, o uruguaio também voltou de
lesão, atuou contra o Grêmio, mesmo adversário de hoje pelo Brasileiro, às
21h, e ajudou na vitória sobre o River Plate com uma assistência.
Desta vez, o plano prevê a utilização gradual do meia uruguaio até o grande
duelo de sábado. A estratégia do Departamento de Saúde e Alto Rendimento
(Desar) é colocar o meia em campo na Arena do Grêmio mais do que os 15 minutos
diante do Inter no fim de semana. Até 45 minutos.
Em evolução gradativa de uma lesão na coxa, o meia tenta se redimir de sua
temporada mais discreta no clube até agora. São apenas 32 jogos, o menor
número em três anos, mas sempre com o peso de ser um dos mais importantes
jogadores do elenco. Em 2019 e 2020, atuou em 52 e 50 partidas,
respectivamente.
Em função do longo período sem jogar e da gravidade da lesão muscular, que
provocou grande ruptura no local, Arrascaeta passou por um processo lento de
recuperação, como se precisasse se recondicionar do zero.
Além de cicatrizar as fibras muscularaes rompidas, o departamento médico
precisou colocar o jogador preparado fisicamente. Mas não havia tempo para
fazer as duas coisas com uma maratona de jogos um em cima do outro. Então,
optou-se por aumentar a fase de preparação física com maior controle das ações
em treinamentos, e não nos jogos, onde há mais imprevisibilidade.
Sendo assim, o jogador caprichou na fisioterapia e no fortalecimento muscular
e fez trabalhos físicos intensos nas últimas semanas, quando havia previsão de
que voltaria a atuar. Abriu-se mão de Arrascaeta nos jogos do Brasileiro, em
que as chances eram mínimas, para preservá-lo e prepará-lo de forma que as
ações de jogo mais exigentes ocorressem apenas contra Inter e Grêmio.
Era possível ter Arrascaeta mais tempo dos que os 15 minutos contra o Inter,
mas era importante diminuir o tempo de estímulos imprevisíveis, afim de dar
maios segurança ao atleta, e seguisse com o aumento de carga diante do Grêmio
e posteriormente na final com o Palmeiras. No caso de David Luiz, por exemplo,
foi possível criar as condições de imprevisibilidade dos jogos e segurar em
treinametnos na sequência, com intervalo maior. Com Arrascaeta, não.
Entre altos e baixos, toda a preparação do Flamengo se voltou para a presença
de Arrascaeta na competição sul-americana. Jogou, até agora, 11 partidas no
torneio, se ausentando apenas do jogo de ida das semifinais, contra o
Barcelona, por lesão.
No Brasileiro, são apenas 12 jogos. As lesões e a Covid-19 o afastaram da
equipe por 75 dias em 2021. Ainda assim, fez 9 gols e deu 13 assistências. a
última bola na rede foi em 11 de agosto, contra o Olímpia, mais de três meses
atrás.
Com Arrascaeta em campo, o Flamengo só perdeu duas vezes na temporada. Por
toda essa importância o Flamengo já alinha a renovação de contrato do jogador
até o fim de 2026.
Havia a expectativa por um desfecho antes da viagem para a final da
Libertadores, mas tudo deve ser formalizado até o fim da temporada. O Flamengo
vai aumentar o salário do meia e compor com o empresário pelos 25% de direitos
econômicos a ser comprado por R$ 30 milhões.
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Imagem: Alexandre Vidal
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