Renato Gaúcho desabafa e revela tese que tem sobre o VAR: 'Não estou chorando, é para o bem do futebol'




ESPN: Neste domingo (17), após o empate em 0 a 0 com o Cuiabá , no Maracanã, pela rodada 27 do Brasileirão, o técnico do Flamengo Renato Gaúcho detonou o VAR por conta de um pênalti não marcado em Vitinho , já no fim do jogo. O comandante rubro-negro ainda afirmou que a tecnologia precisa parar de "apitar os jogos" na competição .



O lance aconteceu aos 46 minutos do segundo tempo, quando Vitinho disputou bola com o lateral Yuri e levou uma cotovelada no rosto do jogador do Cuiabá. O árbitro sequer foi aconselhado a rever a jogada e mandou o jogo seguir após conversar com o VAR.

Na visão de Renato, além do pênalti, o jogador do Cuiabá também deveria ter levado o vermelho direto , algo que não aconteceu. O treinador emendou e, sem papas na língua, detonou o VAR .



"Aí fica difícil porque eu venho falando há muito tempo que o VAR apita os jogos, não é no jogo de hoje, é em qualquer jogo. Eu converso com os árbitros. Um lance duvidoso, dentro da área, não é o árbitro do VAR que decide se é pênalti ou não é pênalti, ele tem que chamar o árbitro do jogo. Eu estava vendo no vestiário o lance do Vitinho...eu deixo para os especialistas mostrarem o lance e comentarem da cotovelada que o Vitinho levou no final do jogo. Se é no meio de campo, o jogador é expulso. Eu já vi vários jogos uma cotovelada dessas e por menos o jogador ser expulso, e tem que ser, inclusive se o meu jogador der uma cotovelada dessas", começou por dizer.



"Aí eu pergunto: por que o árbitro não foi chamado para revisar o lance? Eu quero que os especialistas me digam se é falta ou não isso daí, dentro da área. Porque foi dentro da área eu não vou dar o pênalti, eu não vou chamar o árbitro? Eu tô cansado de bater nessa tese de que o VAR apita o jogo. Eu não quero saber que está no VAR, o objetivo do VAR num lance desses é chamar o árbitro do jogo, deixa ele decidir se é pênalti ou não. O árbitro do jogo disse que o braço foi involuntário. Involuntário? Uma cotovelada? Pode até ter sido sem querer, mas sem querer é falta", prosseguiu.



"Eu não estou chorando, é para o bem do futebol. O VAR tem que parar de apitar o jogo. Não tem essa de protocolo, então não precisa ter árbitro no jogo, o VAR faz tudo. Dentro do campo, os árbitros falam para os jogadores 'quem manda no jogo sou, a autoridade sou eu'. Eu concordo, já que você é a autoridade que manda no jogo, vai lá no VAR decidir se é pênalti ou não. Para mim, ninguém vai me enganar porque não caí de paraquedas no futebol, para mim é pênalti legítimo. Se fosse na minha área, também seria pênalti para o adversário. Gostaria de escutar o árbitro do VAR, o que ele achou do lance, o árbitro do jogo também. Não tem essa de sem querer, a maioria das faltas são sem querer e são faltas. Gostaria de ouvir alguém que seria contra a penalidade e a expulsão do jogador", finalizou.

Com o empate, o Rubro-Negro foi a 56 pontos e agora está 10 pontos atrás do líder da competição, Atlético-MG . O clube carioca volta a campo na quarta-feira (20), contra o Athletico-PR , na Arena da Baixada, pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil .


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Imagem: Reprodução

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