Por Rodrigo Mattos e Igor Siqueira | Uol: O plano do Flamengo de ter um clube em Portugal inclui a fundação de uma
empresa internacional, atuação na gestão e metas esportivas nas competições
europeias. Esses detalhes já foram apresentados ao Conselho de Administração
em informação à qual o blog teve acesso. Ainda não há um contrato e o projeto
ainda está em fase de captação de investimentos.
Quem toca o projeto é a consultoria "Win The Game" e o banco BTG. Foram as
empresas que fizeram o plano, apresentado ao órgão de poder do clube. Em
paralelo, há negociações com um clube português, o Tondella.
O plano prevê que seja criado o Clube de Regatas Internacional, em uma
offshore, para gestão da marca do Flamengo internacionalmente. A empresa teria
como único dono o próprio clube associativo.
Essa empresa cederia os direitos de uso da marca apenas para Portugal a uma
segunda empresa, fundada junta com os investidores captados. Pelos documentos,
os investidores deveriam ter 60 a 65% da empresa em Portugal, e o Flamengo 30%
a 35%. Isso vai depender de uma avaliação da EY.
A partir daí, é traçado um plano em cinco pontos: 1) O Flamengo tem a
expertise de usar o capital para investir em jogadores e estrutura 2) Isso
iria melhorar os resultados esportivos em competições europeias 3) Haveria um
aumento de prêmios e mais exposição de atletas e patrocínios, gerando mais
receita 4) o valor do clube cresce 5) Há geração de liquidez para o investidor
e uma nova onda de investimento
O plano é feito para 10 anos. Pelas metas propostas, o clube chegaria à
Conference League em dois anos. Com quatro anos, iria obter uma vaga na Europa
League. Por fim, o objetivo é atingir a Champions em um prazo de sete a oito
anos. Há a análise que Portugal conta com quatro times que têm ocupado as
vagas europeias, deixando duas livres. A partir da chegada à Europa League,
seria necessário novo investimento, com os donos do capital inicial ou novos.
"O investimento necessário para adquirir um clube de meio de tabela e levá-lo
para uma competição europeia é bem mais baixo do que o investimento nas cinco
maiores ligas, mas isso está mudando", diz o documento, que cita a
oportunidade de negócio.
Além de ceder a marca, o Flamengo iria ter três papéis no desenvolvimento do
projeto esportivo: 1) financeiro, com orçamento e aprovação de financiamento
2) seleção e formação de profissionais para divisão de base, e desenvolvimento
da estrutura esportiva 3) desenvolvimento de marca, negociações conjuntas de
patrocínio.
Ou seja, além da marca, o clube carioca teria de levar sua expertise para
Portugal para o crescimento do clube do qual será dono. O Flamengo, portanto,
aposta que sua fórmula vencedora no Brasil pode ser replicada em Portugal.
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Imagem: Divulgação
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