Extra: A volta dos jogos de mata-mata não foi suficiente para interromper o
declínio técnico e tático apresentado pelo Flamengo nos últimos compromissos
do Campeonato Brasileiro. Na primeira partida da semifinal da Copa do Brasil,
a equipe teve atuação ruim, sofreu a virada do Athletico-PR mas igualou no fim
em pênalti convertido por Pedro. O resultado obriga uma vitória simples no
Maracanã na próxima semana para a classificação direta, e o empate leva para
as penalidades. Mas o mais preocupante foi o desempenho coletivo e de algumas
peças específicas, como Gabigol, que saiu machucado.
Sem Arrascaeta e Bruno Henrique, o ataque do Flamengo, em especial o seu
camisa nove, não vive bom momento. Desde a volta da seleção, tanto o
artilheiro como o meia Éverton Ribeiro têm se apresentado abaixo do ideal.
Andreas, adiantado, também caiu de produção. A queda geral passa também pela
dificuldade de o time se organizar sob o comando de Renato Gaúcho. O Flamengo
oscila como o trabalho do treinador, que mais uma vez não foi capaz de
encontrar soluções para um futebol burocrático de um time que aparenta pouco
entrosamento e carece de ideias.
O gol de Thiago Maia foi um achado na partida em Curitiba. Quando o Flamengo
sofria pressão e não conseguia organizar uma saída de bola estruturada, uma
jogada ensaiada pelo alto deu frutos. Gabigol pegou o rebote após cruzamento,
e no desvio a bola sobrou para o volante, livre, abrir o placar. Foi a senha
para o Flamengo ter momentos de tranquilidade. O Athletico-PR, apostando em
bolas longas, perdeu o meio-campo, e só voltou a assustar no fim da etapa
inicial.
A solução do time da casa foi se agrupar melhor e não pressionar a saída de
bola. Com menos espaço, o Flamengo errou mais passes e ficou sem a bola. Em
mais uma lance no jogo aéreo, a defesa não se encontrou, e Pedro Henrique
deixou tudo igual, vencendo Léo Pereira na disputa de cabeça. O jogo passou
então a ser mais disputado no meio, com chances para os dois lados em
igualdade, mas nenhuma supremacia. Depois de uma jogada pela ponta direita,
Gabigol torceu o pé e pediu para sair minutos depois. Pedro, que era dúvida,
enfim entrou. Mas o Flamengo seguiu dominado e levou a virada. Renato Kayser
subiu mais que Léo Pereira e fez o segundo.
Renato Gaúcho, então, tirou Michael e Thiago Maia, e reforçou o setor
criativo, com Vitinho e Diego. Mas o problema não eram as peças, e sim as
soluções coletivas para, com a bola, agredir o adversário. Todas as jogadas
pareciam fruto de um abafa aleatório. Bolas longas, lançamentos e cruzamentos
da forma que dava. No último deles, Rodrigo Caio sofreu pênalti. E Pedro
converteu após revisão do árbitro de vídeo.
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Imagem: Divulgação
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