A história de Pepê no Flamengo é dividida num antes e depois da chegada de
Rogério Ceni. Sem o treinador, o meia se acostumou a treinar com o elenco
principal e sequer ser relacionado. Ficou meses sem atuar. Após Ceni assumir o
comando, o jovem mudou de posição, passou a ser volante, ganhou chances no
Campeonato Brasileiro e conseguiu uma até então improvável renovação de
contrato.
Pepê sabe da importância de Ceni em seu momento no Flamengo. Para ele, o
técnico teve a visão de utilizá-lo em uma função em que se sente mais
confortável. Por isso, não mede elogios ao treinador.
- O Rogério foi e é um paizão pra mim. Desde o primeiro dia que ele chegou, me
olhou de forma diferente. Ele foi o primeiro que me deu oportunidade.
Conversamos muito. Ele me dá muita dura, me ensina muito. Mas sei que é sempre
para o nosso bem, para o bem do Flamengo - disse o volante ao ge.
Com contrato até junho de 2021, Pepê ainda tem pouco tempo para ganhar espaço
no Flamengo. Não à toa, foi um dos jogadores que cortaram as férias e voltaram
a treinar para o início do Campeonato Carioca. A estreia não foi das melhores,
com pênalti perdido contra o Macaé. Mas é neste torneio que o volante deposita
as fichas para prolongar sua estadia no clube.
Confira abaixo a entrevista com Pepê:
ge: Você passou um longo tempo no Flamengo apenas treinando, sem ser
utilizado ou mesmo relacionado. Como você ficou neste período? O que fez
para se manter motivado?
Pepê: Foi um período muito difícil, não vou negar, tive que trabalhar
muito a minha cabeça. Porque, teoricamente, estava sem perspectiva, nenhuma
expectativa de jogar, mas como todos sabem, sou um cara que confia muito em
Deus e sabia que em algum momento ele me daria uma oportunidade e iria me
abençoar. Foi isso que aconteceu.
O que fiz pra me manter motivado, é um acordo que tenho comigo mesmo. Fazer o
meu melhor independente se tem alguém olhando, se tem perspectiva. Preciso
trabalhar o tempo todo para que eu possa ser melhor todos os dias. É dessa
forma que eu trabalhava. Graças a Deus a oportunidade chegou e puder ajudar os
meus companheiros, o Rogério. Meus companheiros foram muito importantes nesse
período. Por mais que eu não jogasse, sempre estavam me incentivando, me
ajudando e hoje eu posso ajudar diretamente, que é em campo.
Com a chegada do Rogério Ceni, você começou a ter mais espaço. Como é sua
relação com ele? Ele chegou a conversar contigo sobre isso?
- O Rogério foi e é um paizão pra mim. Desde o primeiro dia que ele chegou, me
olhou de forma diferente. Ele foi o primeiro que me deu oportunidade.
Conversamos muito. Ele me dá muita dura, me ensina muito. Mas sei que é sempre
para o nosso bem, para o bem do Flamengo.
Eu sou um cara que escuto, não tenho vaidade. A nossa relação é muito boa. Não
só comigo, mas com todos os jogadores. E é isso que faz um time campeão. Um
grupo forte, o ambiente. A minha relação com ele é única. É um cara que me
ajudou muito. Sem palavras.
Por que você acha que passou a ter mais chance com o Ceni e não com os
outros treinadores?
- Eu passei a ter mais chances com o Rogério porque ele foi o primeiro
treinador que me experimentou numa posição que desde que subi para o
profissional, foi a que eu mais gostei de jogar, onde me senti mais
confortável. Hoje eu me considero um volante, não um meia. Acho que isso
funcionou muito bem.
Ele teve o feeling, o timing certo e a percepção de que eu poderia render
muito mais como volante. Eu já tinha essa percepção também, mas ninguém tinha
feito isso. Ele fez e coincidentemente o meu rendimento cresceu muito e eu
consegui ajudar muito mais nessa posição. Cresci demais com ele justamente
porque é onde me sinto confortável.
No Campeonato Brasileiro, você ganhou chances e fez um gol contra o
Palmeiras. Qual foi o momento mais marcante para você neste torneio?
- O meu momento mais marcante no Campeonato Brasileiro com certeza foi o gol
contra o Palmeiras. Deus me honrou com um gol. Fazer um gol pelo Flamengo é
uma coisa que não tem palavras pra expressar ou explicar isso. Ali eu pude
fazer o gol e aquele jogo foi importante na nossa arrancada para o título. Sem
dúvidas foi o momento mais marcante do Brasileirão pra mim.
Você tem neste Carioca a chance de jogar mais e ter uma sequência. Como
está encarando esta oportunidade?
- Eu decidi voltar mais cedo para realmente ajudar, jogar e dar início a esse
Carioca. É uma oportunidade maravilhosa. Estamos encarando com muita fome,
muita vontade e desejo de conquistar os três pontos em todos os jogos. Quando
vestimos a camisa do Flamengo nós sabemos que estamos lidando com a paixão de
42 milhões de pessoas. Essa torcida é quem nos motiva e nos alegra e
precisamos dar nosso melhor em todos os jogos.
Você tem mais seis meses de contrato com o Flamengo. Considera este período
um momento decisivo para sua carreira?
- Eu gosto de trabalhar dia após dia. Há três meses meu contrato estava para
acabar e eu em nenhum momento me preocupei com isso. Confio demais em Deus e
sabia que ele tinha o melhor preparado para mim. Foi isso que aconteceu e
agora não é diferente. Quero trabalhar dia após dia. Dar o meu melhor a todo
tempo, e o futuro a Deus pertence. Quero fazer o meu melhor hoje e deixar o
amanhã nas mãos de Deus.
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Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/pepe-ve-ceni-como-paizao-exalta-mudanca-de-posicao-e-tenta-escrever-nova-historia-no-flamengo-em-2021.ghtml
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