Em meio a farpas e propostas, Flamengo vê valor de mercado de Lincoln cair para 55% em três meses



Negociado com o Vissel Kobe, do Japão, Lincoln vai deixar o Flamengo após um período de turbulência, que envolveu críticas de dirigentes, discussões envolvendo empresários, poucos minutos em campo e muitas propostas.



O resultado foi a desvalorização do atacante: em outubro, o Flamengo recebeu uma proposta do Dinamo de Kiev, da Ucrânia, de 4,5 milhões de euros por 80% dos direitos econômicos (o equivalente a 5,4 milhões de dólares na cotação atual). A oferta agradou, mas não houve tempo hábil para concluir o negócio antes do fechamento da janela de transferências na Europa.

A negociação com o Vissel Kobe vai render ao Flamengo 3 milhões de dólares por 75% dos direitos econômicos do jogador. A quantia representa 55% do valor apresentado pelo Dinamo, três meses antes.



A cronologia do mercado de Lincoln

A situação de Lincoln no Flamengo começou a ficar desconfortável em junho, quando Luiz Eduardo Baptista, o BAP, vice-presidente de relações externas, criticou o jogador, em entrevista ao canal "Paparazzo Rubro-Negro". Na ocasião, lembrou de um gol perdido pelo atacante na final do Mundial de Clubes. O fato gerou pronta resposta do empresário do jogador, Victtão Remiro.

- Não fomos campeões do mundo porque o Flamengo estava no jogo 80 do ano, e o Liverpool, 27. Se tivesse Pedro ou Reinier no lugar do Lincoln naquela bola, o destino poderia ser outro - disse BAP.





Em agosto, Nantes, (França), Mouscron (Bélgica) e o Grupo City fizeram propostas de empréstimo por Lincoln, com opção de compra. Na ocasião, o Flamengo decidiu rejeitar as ofertas, e o então técnico Domènec Torrent passou a dar chances ao jogador.

A partir de setembro, Lincoln começou a receber minutos. Seu primeiro jogo de destaque foi contra o Palmeiras, com o elenco desmanchado por casos de Covid-19. Titular, teve boa atuação no empate em 1 a 1, mesmo atuando aberto pela esquerda. No jogo seguinte, ainda titular, fez um gol na goleada por 4 a 0 sobre o Independiente del Valle, pela Libertadores. Ele marcaria mais duas vezes, contra Bragantino e Junior Barranquilla.



Com a chegada de Rogério Ceni, porém, Lincoln perdeu espaço. No empate com o Atlético-GO, perdeu um gol claro no fim do jogo e voltou a ser criticado pela torcida. Dias depois, uma foto sua numa suposta festa vazou e também gerou protestos. Sua última partida pelo Flamengo foi contra o São Paulo, na derrota por 3 a 0 pelas quartas de final da Copa do Brasil.

No início de dezembro, veio o fim da relação. O Flamengo aceitou proposta do Pafos, do Chipre. O clube pagaria 4 milhões de dólares por 80% dos direitos econômicos de Lincoln, que não se animou com a ideia de jogar numa liga desconhecida. O próprio clube cipriota recuou e sequer formalizou oferta salarial.



Sem planos para Lincoln, o Flamengo decidiu devolvê-lo ao sub-20, onde o atacante não jogava há três anos. Seguiu-se uma discussão entre Bruno Spindel, diretor de futebol, e Victtão Remiro, empresário do jogador.

Lincoln se recusou a jogar uma partida pelo Brasileiro sub-20 e se apresentou normalmente ao profissional no dia seguinte, para encontrar seu armário vazio. Recebeu uma advertência e passou a treinar com os juniores, mas sem participar dos jogos da categoria.



Na virada para 2021, o mercado voltou a se aquecer para Lincoln. Tanto FC Cincinnati, dos Estados Unidos, quanto o Vissel Kobe fizeram propostas de empréstimo com obrigação de compra pelo atacante.

O clube japonês largou na frente na preferência do atacante e quase fechou o empréstimo, mas novas exigências do Flamengo travaram o negócio. O Vissel não desistiu, negociou novos termos e fechou, enfim, a compra de Lincoln, que assinará contrato de três anos com sua nova equipe.


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