Manager, perfil workaholic e ofensividade: o que o Flamengo pode esperar de Ceni



Rogério Ceni chega ao Flamengo com grande expectativa e responsabilidade. Será dele a missão de conduzir o clube na busca pelos três títulos restantes na temporada: Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil. Nos quatro anos de experiência como treinador, o ex-goleiro possui características bem marcantes que apresentam logo de cara um cartão de visitas ao torcedor rubro-negro.



Na maneira de trabalhar de Ceni, existem semelhanças com a do português Jorge Jesus, que conduziu o Flamengo à conquista de seis títulos enquanto esteve no clube. Os pontos em comum não estão somente na forma agitada e intensa à beira de campo, mas no trabalho dia a dia.

O perfil manager é algo que chama atenção de imediato. Diferente da maioria dos treinadores brasileiros, geralmente focados somente no futebol, Ceni faz questão de engajar-se nas diversas áreas do clube e possuir um conhecimento sistêmico dos setores. Compreende que tudo está interligado e gosta de se manter informado de forma macro.



O aprendizado é reflexo também dos estágios realizados na Europa. Lá, Ceni acompanhou de perto os trabalhos de treinadores como Diego Simeone (Atlético de Madrid), Jürgen Klopp (Liverpool), Mauricio Pochettino (ex-Tottenham), Jorge Sampaoli (ex-Sevilla) e Claudio Ranieri (ex-Leicester).

No Fortaleza, desde a sua chegada, no fim de 2017, ele participava de decisões envolvendo nutrição, logística de viagens e obras estruturais - como do Centro de Excelência, no Pici. A sede do clube, onde antes também funcionava o estádio Alcides Santos, foi modificada: as arquibancadas deram lugar a um campo anexo e a uma academia de frente para o gramado principal, exigência direta do treinador. Os equipamentos também contaram com negociação direta de Ceni para serem comprados.



O comandante era também responsável, junto ao departamento de futebol, do planejamento e montagem de todo o elenco. Não havia contratação sem o aval dele. Em algumas ocasiões, o treinador ligava pessoalmente para jogadores a fim de convencê-los a atuar pelo Tricolor. Algo que, no Flamengo, não deverá se preocupar tanto - ao menos em tese.

Workaholic

Rogério Ceni é compulsivo por trabalho. Gosta de jogar tênis algumas vezes por semana, mas em geral, costuma dormir poucas horas por noite e respira futebol 24 horas por dia, vivenciando de forma intensa a rotina da instituição com uma entrega absurda e que contagia quem está ao seu redor.



É normal passar horas na sede do clube antes e depois das atividades, além de virar noites avaliando novas possibilidades táticas para a equipe, seja estudando adversários, elaborando treinamentos (é muito difícil repetir treinos), preparando jogadas de bola parada, analisando jogadores, entre outras situações.

DNA ofensivo

O torcedor do Flamengo anseia ver uma equipe que tenha vocação ofensiva, grande marca do time vencedor de 2019. Isso também é algo que casa bem com a proposta do novo treinador.

Rogério sempre busca a vitória. No Fortaleza, não significa jogar de "peito aberto" sempre. Com um elenco mais reduzido e limitado, costumava armar estratégias eficazes para superar adversários tecnicamente superiores - venceu recentemente os então líderes Internacional e Atlético-MG.



É do modo de trabalho de Ceni montar o modelo de jogo de acordo com as peças que possui à disposição e também com as características dos oponentes. Com o elenco do Flamengo, um dos mais fortes do país, terá muitas possibilidades de formatar um time com intensidade, imposição e que jogue sempre de forma envolvente, com valorização da posse de bola e velocidade.

Estas são algumas marcas de suas equipes, bem como a utilização do goleiro inserido no modelo de jogo, contando com o trabalho principalmente com os pés, a preferência por zagueiros-construtores, com capacidade de qualificar as ações ofensivas desde o início, e a filosofia de que os 11 jogadores devem defender e também atacar.

Caso Ceni consiga repetir no Flamengo o que fez no Fortaleza, o torcedor do Rubro-Negro carioca terá motivos para crer que a passagem do treinador trará bons frutos para o atual campeão brasileiro e da Libertadores.


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Fonte: https://globoesporte.globo.com/ce/futebol/noticia/manager-perfil-workaholic-e-ofensividade-o-que-o-flamengo-pode-esperar-de-ceni.ghtml

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