Final no Japão, torneio extinto e chance inédita do Flamengo: as histórias da Recopa



O Flamengo está diante de feitos inéditos caso vença a Recopa Sul-Americana. Além de conquistar o primeiro título internacional no Maracanã, pode ser o debutante do Rio de Janeiro a colocar o nome no troféu. Mas isso não significa que os rivais não foram competentes, pelo contrário. Muitos até tiveram chance, mas a antiga logística da competição os impediram de alçar voos maiores.


Campeão da Libertadores em 1981, o clube não disputou a Recopa porque o torneio nem sequer existia — a primeira edição ocorreria apenas oito anos depois. Em 1998, o Vasco campeão da Libertadores tampouco teve a oportunidade: com a suspensão da Supercopa dos Campeões, a Conmebol preferiu suspender a competição.

Isso ocorreu entre 1999 e 2002, pois a Recopa era originalmente disputada entre o campeão da Libertadores e o da Supercopa dos Campeões. Porém, como a segunda competição foi retirada do calendário, Recopa só retornou em 2003, após a Copa Sul-Americana ser fundada, absorvendo a antiga Copa Mercosul. Além do Vasco, o Palmeiras (campeão da Libertadores de 1999) também foi prejudicado por esta mudança.

Taça da Recopa Sul-Americana
Taça da Recopa Sul-Americana Foto: Divulgação/Conmebol

Em 1994, o Botafogo entrou despreparado na Recopa. Campeões da Copa Conmebol, o terceiro torneio em importância do continente à época, os alvinegros foram convidados a enfrentar o São Paulo, que conquistara Libertadores e Supercopa (sobre o Flamengo) no ano anterior.


Em tese, o clube paulista seria o campeão automático, mas apenas naquele ano houve o convite para o vencedor da Copa Conmebol.

A coerente revolta são-paulina por disputar aquela decisão tem motivo: em 1991, o Olimpia foi o campeão automático após ter vencido os dois torneios. Disputada em Kobe, no Japão, a partida foi vencida pelo São Paulo de Telê santana por 3 a 1. O Botafogo era treinado por Dé Aranha.

Outra história envolvendo brasileiros aconteceu com o Cruzeiro, que enfrentou o River Plate em partidas também válidas pela Copa Mercosul de 1998 devido a falta de datas.

Jogadores do Olimpia levantam o troféu de campeão da Recopa Sul-Americana
Jogadores do Olimpia levantam o troféu de campeão da Recopa Sul-Americana Foto: Chris Pizzello

Mas apesar dos problemas, a Recopa deve ser valorizada pelos brasileiros: é o único torneio ativo da Conmebol em que o país lidera a contagem de títulos (10 títulos contra nove dos argentinos). O maior vencedor da competição é o Boca Juniors, com quatro títulos, enquanto os melhores brasileiros são o São Paulo, o Internacional e o Grêmilo, todos com dois.


Por fim, a Recopa já teve diferentes sedes ao longo da história: em 1990, foi disputada em Miami, nos Estados Unidos. De 1992 a 1997, ocorreu no Japão, na cidade de Kobe. Após a pausa no calendário, em 2003, foi realizada em jogo único na cidade de Los Angeles, assim como em 2004, em Fort Lauderdale, os dois nos Estados Unidos. Tudo isso antes de chegar no regulamento atual, com jogos de ida e volta.

As finais com brasileiros na Recopa:

2019: River Plate 3 x 1 Athletico (0-1 / 3-0)

2018: Grêmio 1 (5) x (4) 1 Independiente (1-1/1-1)

2017: Atlético Nacional 5 x 3 Chapecoense (1-2/4-1)

2014: Atlético-MG 5 x 3 Lanús (1-0/4-2)

2013: Corinthians 4 x 1 São Paulo (2-1/2-0)

2012: Santos 2 x 0 Universidad de Chile (0-0/2-0)

2011: Internacional 4 x 3 Independiente (1-2/3-1)

2009: LDU 4 x 0 Internacional (1-0/3-0)

2007: Internacional 5 x 2 Pachuca (1-2/4-0)

2006: Boca Juniors 4 x 3 São Paulo (2-1/2-2)

1998: Cruzeiro 5 x 0 River Plate (2-0/3-0)

1996: Grêmio 4 x 1 Independiente

1994: São Paulo 3 x 1 Botafogo

1993: São Paulo 0 (4) x (3) 0 Cruzeiro (0-0/0-0)

1992: Colo-Colo 0 (5) x (4) 0 Cruzeiro


Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/final-no-japao-torneio-extinto-chance-inedita-do-flamengo-as-historias-da-recopa-24269552.html

Curta nossa Página




Postar um comentário

0 Comentários