Defesa de Guerrero volta ao Rio otimista; uso de cocaína é descartado



A defesa do atacante Paolo Guerrero voltou ao Rio de Janeiro no início da manhã desta terça-feira depois de dois dias de reuniões com a Federação Peruana de Futebol, em Lima.


O saldo é positivo: segundo a defesa do jogador, representada no Peru pelo advogado Pedro Fida e pelo bioquímico Luiz Carlos Cameron, foi descartado o uso de cocaína e revelado que o metabólito encontrado na urina do jogador do Flamengo é de folha de coca - chá consumido em diversos países da América do Sul.

A informação foi adquirida pela defesa durante as reuniões com a Federação Peruana de Futebol e repassada à Fifa. Agora, o que será investigado pela defesa é se houve contaminação em algum chá que Guerrero tenha tomado durante as Eliminatórias, o que faria os quatro anos de pena previstos serem revertidos em uma advertência.

O advogado Pedro Fida e o bioquímico Luiz Carlos Cameron desembarcaram no Aeroporto Internacional do Galeão por volta de 5h30 desta terça, mas sem Guerrero. O atacante permaneceu em Lima, no Peru.

- Estivemos reunidos com a Federação Peruana de Futebol, coletando provas e solicitando a colaboração da Federação. A Fifa tem respondido prontamente aos nossos pedidos. Estamos muito confiantes na inocência do Guerrero e até o fim do mês certamente teremos um desfecho positivo que provará a inocência do Paolo - disse, rapidamente, o doutor Pedro Fida na chegada ao Rio.

Entenda, abaixo, o que faz a defesa do jogador voltar para o Brasil confiante depois de dois movimentados dias na capital peruana:

1. Cocaína descartada
A Benzoilecgonina encontrada na urina de Guerrero é, também, metabólito de outros produtos, como o chá de coca. A defesa voltou de Lima alegando que a possibilidade de o atacante rubro-negro ter sido contaminado ou consumido cocaína foi descartada - pessoas próximas a ele negavam essa chance e agora, segundo a defesa, a Fifa, com as informações que foram repassadas, também descarta.

2. Atenção da Federação Peruana de Futebol
Guerrero e sua defesa se reuniram com dirigentes no domingo e na segunda-feira, com poucas pausas, para entender melhor o motivo de a substância Benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína, ter aparecido na urina do jogador após teste antidoping realizado durante as Eliminatórias. Os membros da Federação se mostraram dispostos a resolver o caso e disponibilizaram toda a documentação do jogador enquanto esteve com a seleção.

3. Fifa solícita
Desde quando assumiu o caso, a defesa de Guerrero tem tido respostas positivas da Fifa, que puniu preventivamente o atacante por 30 dias enquanto o caso é investigado. Nos últimos dias, as partes trocaram documentos.

4. Próximos passos
Dia 9: a contraprova do teste antidoping de Guerrero será aberta em Colônia, na Alemanha, onde fica o laboratório que analisa os exames realizados em competições organizadas pela Conmebol. O bioquímico Luiz Carlos Cameron viaja nos próximos dias para acompanhar.

Fim do mês: será a vez de Guerrero viajar. O atacante do Flamengo vai a Zurique, na Suíça, para participar de uma audiência na Fifa - o procedimento é um direito da defesa de um suspeito em casos como este.

Guerrero viajou à capital peruana no último domingo. Lá, onde nasceu, se reuniu com dirigentes da Federação Peruana de Futebol no mesmo dia para tentar esclarecer com sua defesa o motivo pelo qual teve um resultado analítico adverso em teste antidoping realizado depois da partida contra a Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

O encontro, na sede da FPF, durou cerca de cinco horas. O jogador chegou e deixou o local acompanhado de sua defesa e de sua mãe, Petronila Gonzáles, de Pedro Fida e do bioquímico Luiz Carlos Cameron.

Cameron, o bioquímico, teve acesso a documentos para identificar de onde veio a substância encontrada na urina do atleta. Além disso, analisou toda a parte técnica e química das análises laboratoriais para verificar se há irregularidades.

O exame realizado durante as Eliminatórias detectou na urina de Guerrero a substância Benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína. A pena prevista para casos como este é de quatro anos. Enquanto o caso não é julgado, o atacante foi suspenso por 30 dias pela Fifa e sequer pode treinar com o elenco do Flamengo. Agora, o camisa 9 rubro-negro quer provar ser inocente.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/defesa-volta-ao-brasil-sem-guerrero-e-otimista-veja-avancos-apos-reunioes-no-peru.ghtml





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