Se o futebol dentro de campo não foi o esperado, na parte financeira o Flamengo faz um 2017 melhor do que previa



Frustrado pelos resultados abaixo do estimado esportivamente, sobretudo pela derrota na final da Copa do Brasil e pela eliminação precoce na Libertadores, ainda na fase de grupos, o Flamengo superou suas expectativas no aspecto financeiro em 2017. A direção rubro-negra revisou o orçamento que montou antes do início da temporada com os números até o mês de setembro. E a readequação mostra que quase tudo melhorou nas contas do clube neste ano.

A começar pelo faturamento. O departamento financeiro, que calculou arrecadar modestos R$ 10 milhões com transferências de atletas, assegurou R$ 198 milhões até aqui, dinheiro que se divide entre as vendas de Vinicius Júnior e Jorge. Mas não foi só isso. Os patrocínios, os direitos de transmissão e o programa de sócios-torcedores, o Nação Rubro-Negra, geraram mais receita do que previram os dirigentes flamenguistas no primeiro orçamento.

O ponto mais sensível a sofrer baixa foi o das bilheterias e outras receitas ligadas ao estádio. O Flamengo, que estimava R$ 61 milhões com essa fonte, agora calcula que terminará 2017 com R$ 49 milhões arrecadados. O motivo do erro nas contas foi o Maracanã, que ainda era tido como prioridade à época do primeiro orçamento, mas que foi substituído pela Ilha do Urubu conforme o clube notou que não sairia vitorioso da queda de braço com a concessionária Odebrecht.

A receita, que era para ser de R$ 435 milhões, deverá chegar a R$ 633 milhões. E quando entra mais dinheiro do que se previa também se gasta mais. No decorrer da temporada o Flamengo finalmente fez aquilo que a torcida esperava dele, manteve Diego no meio campo, segurou Guerrero no ataque, contratou o goleiro Diego Alves, trouxe o meia Éverton Ribeiro, enfim, subiu os investimentos. Gastou do que imaginava mais tanto em salários quanto em contratações.

O notável disso tudo é que, mesmo pressionado externamente pelas frustrações em campo, o Flamengo segurou as extravagâncias. A expectativa é terminar a temporada com um superávit ainda maior do que o orçado antes do início dela, o que possibilitará ao clube pagar mais dívidas. E também fazer menos delas. O orçamento inicial previa a tomada de R$ 62 milhões em empréstimos para segurar a bronca no caixa no decorrer do ano. Conforme entrou mais dinheiro, a necessidade caiu para R$ 43 milhões, 30% a menos.

O torcedor se queixa do desempenho esportivo com razão. Para um clube de tal capacidade financeira, levantar a taça do Campeonato Carioca não enche a barriga. Erros na condução do departamento de futebol sem dúvida deixaram o Flamengo abaixo das expectativas na Libertadores e no Brasileiro. Mas não deixa de ser elogiável que, sob pressão, os números nas finanças continuem sob controle e em crescente melhoria. São eles que darão sustentação para que o clube enfim faça períodos vitoriosos e duradouros no futuro.


Fonte: http://epoca.globo.com/esporte/epoca-esporte-clube/noticia/2017/10/frustrado-dentro-de-campo-o-flamengo-faz-um-2017-melhor-do-que-previa-nas-financas.html






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