O vídeo de um lance em que o atacante Lucas Paquetá corria sozinho na tentativa de roubar a bola da defesa do São Paulo, na derrota do Fla por 2 a 0 para o Tricolor Paulista, neste domingo, viralizou na internet. Os comentários de que faltou raça à equipe, considerada "banana' na partida, tomaram conta das redes sociais. O apresentador André Rizek comentou que antes de chegar ao "Redação SporTV", nesta segunda-feira, discordava das opiniões. Mas, ao ver o vídeo...
O comentarista Carlos Éboli, das Rádios Globo/CBN, usou menos rigor na análise e acha que o torcedor pode estar confundindo a falta de raça com um estilo mais cadenciado da equipe.
- É um garoto tomando atitude, fazendo o papel que outros jogadores, que são mais experientes, deveriam fazer. Eu acho que em algum momento passa, sim, essa imagem, de que o Flamengo é um time acomodado com o resultado. Demora a pegar, a entrar no clima da partida. Às vezes isso passa muito pelo estilo de jogo, a cadência de jogo, um jogo mais cadenciado, que pode se confundir com falta de vontade. Mas às vezes não é também, é uma cadência diferente, é um excesso de toque para o lado, a busca por um espaço.
No entanto, Éboli reconhece que falta vibração ao atual time rubro-negro, e o desempenho da equipe no Brasileirão, aquém do esperado, pode ser a causa para a desconfiança do torcedor.
- Não é um time vibrante, tenho que concordar. Mas tenho uma certa dificuldade de diagnosticar o que é subjetivo, que é vontade. Eu não consigo ter precisão nesse diagnóstico. Acho que eles têm vontade de ganhar, como qualquer jogador tem vontade de ganhar. Mas é uma característica de jogo que se confunde às vezes com uma certa apatia, inconformismo. E o desempenho do time no campeonato é muito abaixo daquilo que todos nós esperávamos. Não só a torcida do Flamengo, mas todos nós esperávamos algo superior a 51% de aproveitamento.
O comentarista das Rádios Globo/CBN considerou o comportamento da equipe o mesmo de partidas anteriores. Diferente mesmo é a disposição do garoto Lucas Paquetá, que entrou no segundo tempo na busca de uma vaga na equipe.
- Foi o Flamengo de sempre. Eu acho que é um time que gosta de jogar com a bola. Sem a bola, comete pecados e fica nessa apatia. E aí entra o menino que está querendo espaço e deveria ter entrado desde o início do jogo... Não por ser brilhante, mas porque dá uma consistência tática que, sem o homem de área, o Flamengo não tem... E aí ele entra em campo elétrico e aí chama muito a atenção. É natural de um garoto que está querendo espaço.
Carlos Cereto, comentarista do SporTV, viu a equipe anfitriã com mais empenho que a visitante. na visão do jornalista, isso não implica que faltou raça ao Flamengo.
- Mas o São Paulo correu mais que o Flamengo. Não quer dizer que o Flamengo não teve raça, é de fato uma coisa muito subjetiva de se analisar. Se você analisa e vê o jogo, o São Paulo estava disputando uma final de campeonato, e o Flamengo não.
Carlos Éboli lembrou que a equipe treinada por Reinaldo Rueda terá uma sequência complicada na reta final do Brasileirão, e o time vai precisar acordar se quiser uma vaga para a Libertadores - a equipe, no momento, ocupa o sexto lugar na tabela, com 46 pontos ganhos.
- O Flamengo está se complicando na briga por uma vaga na Libertadores. Não podemos esquecer que o Flamengo não terá Diego e Guerrero por pelo menos três partidas. E a tabela final do Flamengo é uma tabela bem complicada, bem difícil. Palmeiras, Grêmio, Santos, Corinthians, Cruzeiro... Não é mole, não. O Flamengo vai ter que botar o dedinho um pouco mais na tomada.
O inconformismo de Lucas Paquetá no final do jogo é sintomático. Será que resto do time do Flamengo sente o mesmo? E o presidente? pic.twitter.com/EgyEOHJBVp
— Notavel (@notavel) 23 de outubro de 2017
Espn
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