Usada por outros goleiros pelo mundo, estratégia usada por Muralha as vezes pode dá certo



Quem já fez uma prova de vestibular e não estava muito seguro com alguma questão, sabe: já que vai chutar a resposta, melhor fazer isso sempre na mesma letra, porque pelo menos uma você deve acertar. Em rede social, muitos brincaram que esse pode ter sido o raciocínio de Alex Muralha na decisão por pênaltis da Copa do Brasil. Mas historicamente ele não está sozinho.

Logo após o fim da decisão da Copa do Brasil, o goleiro foi entrevistado e disse que se atirar sempre para o lado direito na disputa de pênaltis era uma estratégia. Porém, desde 2015 foram 11 pênaltis batidos pelos cruzeirenses que cobraram as penalidades na final: cinco foram no lado direito, cinco no esquerdo e um no meio*.

O GloboEsporte.com checou se outros goleiros já fizeram o mesmo em finais importantes a partir da Copa do Mundo de 1994, em que o Brasil derrotou a Itália, com Roberto Baggio isolando a derradeira cobrança.

Das 12 disputas analisadas, em apenas três o goleiro pulou para o mesmo canto nas cinco cobranças iniciais. Além da decisão da Copa do Mundo de 1994, também foram revistas as finais: Copa América de 95 (Uruguai x Brasil), Libertadores de 99 (Palmeiras x Deportivo Cali), Mundial de 2000 (Corinthians x Vasco), Copa América de 2004 (Brasil x Argentina), Mundial de 2004 (Porto x Once Caldas), Liga dos Campeões de 2005 (Liverpool x Milan), Copa do Mundo de 2006 (Itália x França), Libertadores 2008 (LDU x Fluminense), Libertadores 2013 (Atlético-MG x Olímpia), Copa do Brasil 2015 (Palmeiras x Santos) e Liga dos Campeões 2016 (Real Madrid x Atlético de Madrid).

COPA AMÉRICA DE 1995
Brasil e Uruguai chegavam à final da primeira competição desde o tetra nos Estados Unidos. No tempo regulamentar, o time comandado por Zagallo ficou no zero a zero com os uruguaios e foi derrotado nos pênaltis por 5 a 3. As cobranças ficaram encarregadas de Roberto Carlos, Zinho, Túlio Maravilha e Dunga. Fernando Álvez, goleiro do Uruguai, pulou em todas as cobranças no canto direito e pegou a do atacante do Botafogo. A defesa foi suficiente para decretar o título da Celeste Olímpica.

MUNDIAL DE 2004
Este foi o segundo título mundial do Porto em sua história. Desta vez com Carlos Alberto e Diego no time (ambos converteram suas cobranças, inclusive), o clube português derrotou o Once Caldas-COL por 8 a 7 na disputa de pênaltis após o 0 a 0 nos 120 minutos dos dois tempos, mais prorrogação.

Foi o goleiro do próprio campeão mundial quem arriscou tudo na direita nos cinco primeiros pênaltis. Vítor Baía viu a quarta cobrança do Once Caldas acertar a trave e opta pelo lado direito novamente na sétima e oitava cobrança. Na sexta e nona (que vai para fora e dá o título ao Porto), o goleiro pula para a esquerda.

LIGA DOS CAMPEÕES DE 2005
Mais uma com personagem brasileiro, desta vez, no papel de destaque. Goleiro do Milan na derrota para o Liverpool em um jogão com seis gols, Dida, notório pegador de pênaltis, também pulou todas as vezes para a direita. No tempo regulamentar, o goleiro até defendeu o pênalti de Xabi Alonso (também no canto direito), mas o próprio jogador espanhol pegou o rebote para empatar a partida.

Na disputa de pênaltis, Dida pulou todas as vezes para a direita e chegou a defender a cobrança de Riise. Mas Serginho, Pirlo e Shevchenko perderam suas cobranças e o título ficou com o clube inglês.





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