Por Renato Maurício Prado - Dentro de campo, o Flamengo venceu com justiça, um jogo em que não foi brilhante mas superou amplamente um rival, que se limitou a dar pontapés (o rubro-negro merecia até mais do que o magro 1 a 0). Fora dele, o Vasco sofrerá uma derrota ainda mais dolorida. A partir de uma atitude ridícula de Nenê, que resolveu tomar satisfações de Éverton, no último lance do jogo, boa parte dos torcedores cruzmaltinos se enfureceram e tentaram invadir a pequena área da arquibancada reservada aos rubro-negros. Impedidos pelos policiais, passaram a jogar tudo o que tinham pela frente no gramado – mesas, copos, garrafas, cadeiras e bombas, muitas bombas e rojões (como entraram no estádio?).
Voltando ao jogo, em si, diante de um Vasco extremamente fechado e faltoso, o Flamengo encontrou muitas dificuldades e voltou a apelar para as bolas lançadas a esmo sobre a área. Não fosse por um bom lance de triangulação entre Rodinei, Éverton Ribeiro e Diego, com conclusão perigosa do último, e um chute de longe de Guerrero, nada de positivo, em termos ofensivos, haveria para ser ressaltado.
Justiça seja feita, a armação rubro-negra anulava por completo os contra-ataques vascaínos e, no segundo tempo, até o gol de Éverton, de cabeça – em grande jogada de Éverton Ribeiro, o melhor em campo -, o Flamengo seguiu absoluto e sem correr riscos.
Mesmo após conseguir a vantagem no placar, o Fla teve as melhores oportunidades para ampliar, em contra-ataques. Diego chutou fraco, diante de Martin Silva, e Éverton Ribeiro foi travado, na marca do pênalti, após contra-ataque puxado por Éverton e Leandro Damião (que substituiu Guerrero, contundido). A única boa chance do Vasco foi num chute de Luís Fabiano, que Thiago teve que se esforçar para espalmar a córner.
Apesar da boa vitória, o Mais Querido saiu de São Januário com alguns motivos para se preocupar. Rodolpho, que entrou tão bem na zaga, sofreu um estiramento no adutor e deve desfalcar a equipe entre 15 e 30 dias. Pior: Léo Duarte, que entrou em seu lugar, sofreu entorse no tornozelo, também deverá ficar no estaleiro algum tempo. A zaga, portanto, passará a ser formada por Rafael Vaz (que teve boa atuação hoje) e Réver (que não jogou por causa de uma gastroenterite) ou Juan (que nem ficou no banco, contra o Vasco). Além disso, Guerrero (que saiu por causa de uma pancada na cabeça) não poderá jogar, por ter recebido o terceiro cartão amarelo. E o próximo adversário é o Grêmio, com quem o rubro-negro disputa, cabeça a cabeça, o segundo lugar na tabela.
Já o Vasco, pelo visto, vai continuar a sofrer. Time que tem Paulão, na zaga, não dorme tranquilo e, além do zagueiro botinudo, a verdade é que falta muito talento ao time.
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