Juan aceita protesto pacífico, mas sai em defesa de Zé Ricardo e Muralha



É 9 de junho, mas a tarde rubro-negra teve toda cara de sexta-feira 13. Protesto, ofensas e chuva forte no Ninho do Urubu marcaram o primeiro dia de trabalho posterior à derrota por 2 a 0 para o Sport. Jogador mais experiente do Flamengo, Juan, de 38 anos, foi o escalado para falar. Atleta com mais tempo de casa, o zagueiro não se surpreendeu com o ocorrido.

- Na verdade, a gente já esperava. Hoje em dia com redes sociais as coisas correm muito rápido, já sabíamos que teria protesto. Quem convive há mais tempo no Flamengo, como eu, sabe que frequentemente acontece porque a torcida do Flamengo é muito exigente. Torcedor está no seu direito de protestar, mas sempre de forma pacífica. Se vê o time jogando mal e se os resultados não são os que pensam que são de acordo com dimensão do Flamengo, assim como nós pensamos, podem protestar sempre de forma pacífica. Não só no futebol, mas vivemos num país onde a violência impera. Quando extravasa ou ultrapassa o limite e atinge o direito do próximo, tem que ser punido.

O grande alvo do protesto foi Alex Muralha. O goleiro foi recepcionado com alfaces, gritos hostis e muitas vaias. Para Juan, a qualidade de Alex Muralha já foi mostrada no Flamengo, e a confiança do grupo no goleiro continua a mesma, assim como a dedicação do camisa 38 nos treinamentos.

- Em nenhum momento colocamos derrotas e vitórias em A, B ou C. Já conversamos sobre coisas que ocorreram no jogo. Alguns episódios repercutem muito negativamente. Com goleiro ou zagueiro alguns erros são mais apontados. Muralha é um jogador que há três, quatro meses era goleiro de seleção brasileira. Não pode ter desaprendido. São coisas que acotnecem. Já salvou o Flamengo em muitos jogos. Contra o Atlético-PR fez defesas cara a cara que nos ajudaram. A gente pensa no coletivo, independente de quem joga hoje, amanhã. As coisas mudam muito rápido, uma onda que leva para o lado negativo. Nós que somos profissionais não podemos pensar assim. Vejo ele sempre na mesma pegada, mesmo quando estava na Seleção, trabalhando para evoluir.

Veja outros tópicos:

Pressão em Zé Ricardo

Passamos um mês de maio turbulento, decisões atrás de decisões. Até o San Lorenzo estávamos passando ilesos, infelizmente perdemos. O trabalho dele que elevou o Flamengo a esse patamar, o nível de muitos jogadores. Tivemos um começo do Brasileiro aquém do esperado, óbvio que existia uma pressão. Mas a cobrança nele é dividida com todo mundo.

Mais sobre o protesto
Parece que não teve ninguém agredido. Tumulto nos carros, até porque a entrada é apertada. Protestar faz parte, estão no direito, são torcedores e amam o clube mais que todo mundo. Espero que não passem dos limites. Autoridades acima da gente teriam que tomar devidas providências.

Exigência da torcida
Nesse período, temos perdido muito pouco, isso é fato, mas há derrotas que custaram muito, como a vaga na Libertadores. Talvez eles reconheçam que podemos dar mais. Estamos trabalhando diariamente por isso. Em alguns dos jogos fomos punidos de maneira mais rígida. Atlético-PR e Botafogo eram dois jogos que poderíamos ter ganho na minha maneira de ver. Se tivéssemos ganho Botafogo e Atlético-MG, estaríamos com 10 pontos. Em seis jogos, você joga quatro de visitante e um clássico, é uma tabela difícil. Deixamos pontos na Arena da Baixada, um campo historicamente muito difícil pro Flamengo e para qualquer um. Ilha do Retiro também é difícil de pontuar, mas domingo temos que reagir porque o pessoal da frente está pontuando. Globoesporte.com





Curta nossa Página



Postar um comentário

0 Comentários