As recentes falhas do goleiro Alex Muralha tiram do sério o torcedor do Flamengo e preocupam quem já reinou na pequena área. Raul Plassmann, um dos protagonistas rubro-negros da conquista do Mundial em 81, nem precisou assistir ao fiasco diante do Sport, na última quarta-feira, para detectar um problema: o apelido.
Outro ex-goleiro com lugar na galeria de ídolos do Flamengo, Gilmar Rinaldi defende uma conversa entre Muralha, o treinador de goleiros Victor Hugo e o técnico Zé Ricardo.
- Primeiro, jogar no Flamengo não é para qualquer um. A pressão sempre vai ser grande, e o goleiro tem que controlar a ansiedade, aumentar a concentração e ter muito cuidado com as coisas básicas. Não adianta pensar que uma defesa milagrosa vai resolver. Tem que readquirir a confiança aos poucos. Uma boa conversa, franca e direta, com o treinador de goleiros e o técnico principal sempre ajuda - diz Gilmar, campeão brasileiro em 92.
Wagner, campeão brasileiro pelo Botafogo em 1995, acha que chegou a hora de o reserva Tiago ter uma chance no gol do Flamengo.
- Quanto mais expor, pior é. Pela dimensão do Flamengo, pelas cobranças, eu daria oportunidade a outro. Não foi a primeira, nem a segunda, nem a terceira falha. Tem que dar uma parada. O Muralha precisa ganhar confiança. Na dúvida, se não tem certeza, tem que dar um chutão para a frente. O momento é de insegurança porque as pessoas estão cobrando. Não é hora de arriscar. Tem que fazer o simples - resume Wagner. Por Marluce Martins
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