Vasco e Flamengo vão pagar pouco menos de R$ 400 mil para jogar a semifinal do Carioca no Maracanã, bem abaixo do pedido inicial da Odebrecht que foi de R$ 700 mil. Ainda assim, bastante lucrativo para a concessão. Em três meses, o estádio mais emblemático do Brasil, mesmo fechado e sem manutenção, rendeu aos cofres da empresa cerca de R$ 1,8 milhão com apenas dois jogos realizados.
À Odebrecht só resta aguardar e lucrar dando o seu preço. Enquanto arrecada quase R$ 2 milhões com aluguéis sem que precise gastar com a manutenção do estádio, apenas aguarda receber o pagamento pela venda do estádio aos franceses. Na transação, além do valor cobrado pelo estádio em si, cerca de R$ 30 milhões, a Lagardère ainda vai pagar as três parcelas que a concessão deve ao Governo do Rio, num total de R$ 18 milhões. Some-se a este custo, os reparos que o estádio requer.
Um cenário bastante cômodo para uma empresa que vende um negócio suspeito de ter sido adquirido na base da propina e cuja reforma, da qual também se beneficiou, também foi feita sob polpudas cobranças de propina e superfaturamento, como acusa o Ministério Público.
Maracanã é o maior estádio do Brasil com capacidade para 78 mil pessoas
O Blog vem questionando o MP do Rio nas duas últimas semanas sobre a validade do processo de venda do estádio. Embora tenha ações condenando a licitação e a reforma, o órgão nada faz para impedir a venda do objeto de corrupção. Nenhuma ação foi aberta até agora para impedir este processo.
Some-se ao estado de omissão, neste caso, de cumplicidade, o Governo do Rio. Luiz Fernando Pezão tem tudo nas mãos para consertar o rumo da história do Maracanã e do Rio. Mas não o faz. Por que será?
O Blog procurou a Odebrecht para saber quanto a concessionária tem gastado mensalmente para manter o estádio e quantos funcionários o Maracanã tem atualmente. A empresa não quis informar.
Fonte: Gabriela Moreira / ESPN
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