O Flamengo entra em campo nesta quinta-feira, às 21h30, para enfrentar o Bolívar, no jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores. Apesar da fase complicada, com apenas uma vitória nos últimos cinco jogos e diversos desfalques importantes, a equipe comandada por Tite carrega a confiança de que pode garantir sua vaga nas quartas de final.
CONTINUA APÓS PUBLICIDADEMesmo com as ausências de Wesley, Arrascaeta, Gabigol, Pedro, Allan, Cebolinha e Viña, o Flamengo conta com uma vantagem significativa: a vitória por 2 a 0 no primeiro confronto, no Maracanã. Esse resultado permite que o time avance de fase mesmo se perder por um gol de diferença na altitude de 3.640 metros de La Paz, um desafio sempre temido por equipes brasileiras.
A altitude, contudo, pode ser menos impactante para o Flamengo do que em outras ocasiões. Dos 11 jogadores que devem começar a partida, nove já jogaram em condições semelhantes, acima dos 3.000 metros de altitude. Essa experiência pode ser usada como trunfo para amenizar os efeitos do ar rarefeito e ajudar o time a manter a vantagem construída no Rio de Janeiro.
CONTINUA APÓS PUBLICIDADEEntre os jogadores mais experientes em partidas na altitude está o goleiro Rossi, que já atuou em três ocasiões acima dos 3.000 metros, incluindo duas vitórias pelo Boca Juniors e uma derrota com o próprio Flamengo. Essa vivência é especialmente valiosa para um goleiro, já que a altitude torna a bola mais rápida e imprevisível, dificultando as defesas.
Marcelo Mortelli, ex-preparador físico do Flamengo, explica que a experiência de Rossi pode ser determinante: "A bola fica mais veloz, oscila e muda mais de direção. Como o Rossi é um goleiro experiente, certamente vai conseguir usar essa experiência para não ter esse prejuízo". Mortelli também ressalta que os jogadores de linha precisam se adaptar ao fato de que a força aplicada nos chutes e passes deve ser ajustada, dado o efeito da altitude.
CONTINUA APÓS PUBLICIDADEAlém da preparação física, a questão psicológica desempenha um papel fundamental. Especialistas em fisiologia apontam que jogadores com experiência em altitude têm uma espécie de "memória motora", que ajuda a reduzir o tempo necessário para se adaptar ao ambiente. Jairo Porto, ex-preparador físico da seleção brasileira feminina, destaca que essa vivência prévia permite que os atletas saibam como o corpo reage, minimizando os impactos negativos.
Flávia Magalhães, especialista em medicina esportiva, complementa que essa experiência também é importante para a comissão técnica, que pode usar o conhecimento prévio para entender melhor como cada jogador lida com as condições adversas e reduzir a ansiedade.
Com essa combinação de vantagem no placar e experiência em jogos na altitude, o Flamengo espera superar os desafios e garantir sua classificação para as quartas de final da Libertadores, mantendo viva a esperança de mais um título continental.
Imagem: Divulgação
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