O Flamengo publicou seu demonstrativo financeiro referente ao segundo
trimestre de 2024, revelando um déficit de R$ 79,5 milhões em relação ao
orçamento previsto. Apesar do saldo negativo, o clube reporta ter R$ 209,4
milhões disponíveis em caixa, que inclui recursos em conta corrente e
aplicações em renda fixa.
No entanto, após o desembolso de R$ 138,1 milhões para a aquisição do terreno
no Gasômetro, onde será erguido o novo estádio, o saldo restante em caixa é de
R$ 28,3 milhões. Esse investimento representa 66% do valor disponível no fim
de junho.
O primeiro trimestre de 2024 já havia registrado um déficit de R$ 63 milhões,
o qual aumentou para R$ 79,5 milhões no segundo trimestre. A diretoria
rubro-negra, liderada pelo presidente Rodolfo Landim, considera esses
resultados normais para o período.
Apesar de ter investido R$ 191 milhões em contratações no início do ano,
incluindo luvas e custos de intermediação, o Flamengo conseguiu aumentar seu
saldo em caixa em R$ 74 milhões em relação ao primeiro trimestre. O clube
também destacou que todos os empréstimos bancários foram quitados, e seu
balanço patrimonial está livre de passivos onerosos.
No entanto, o Flamengo ainda possui compromissos financeiros relacionados à
compra de jogadores que totalizam R$ 271,7 milhões. Desses, R$ 177,8 milhões
são de curto prazo, a serem pagos nos próximos 12 meses, e R$ 93,98 milhões
são parcelados a partir de julho de 2025. As quantias a receber por vendas
realizadas somam R$ 208,8 milhões, com R$ 165,2 milhões previstos para o curto
prazo e R$ 43,7 milhões para o longo prazo.
A diretoria do Flamengo afirma que, devido à sua robusta capacidade de geração
operacional de caixa e aos longos prazos para quitação das dívidas, o saldo
negativo apresentado no segundo trimestre não implica na necessidade imediata
de vendas de atletas em valores equivalentes ou de contrair novos empréstimos.
Veja a conclusão que há no documento:
"Terminamos esse primeiro trimestre registrando um déficit acumulado de R$ 79,5 milhões. Este resultado é inferior em cerca de R$ 121 milhões ao resultado do 2T2023 (positivo em R$ 41,5 milhões), uma vez que o resultado daquele semestre foi fortemente impactado pela venda dos direitos do jogador João Gomes na janela de início de ano, que gerou uma receita não recorrente de R$ 103 milhões.
Entendendo melhor a variação das receitas recorrentes, que não incluem venda de atletas, observa-se uma leve redução em relação ao mesmo período do ano anterior: R$ 458,8 milhões de receita recorrente contra R$ 469,5 milhões em 2023, o que não gera preocupações de longo prazo, uma vez que esse desempenho se deu por conta da redução pontual de receitas de participação em competições, já que no ano anterior disputamos mais competições no primeiro trimestre (Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil e Mundial de Clubes).
Concluindo, este resultado deficitário no primeiro semestre é natural e esperado, em função da sazonalidade típica das receitas da indústria do futebol. Nossa estimativa atual permanece de um resultado superavitário em 2024, o que nos permitirá seguir de forma sustentável, disputando as principais colocações nas competições de que participamos".
Imagem: Divulgação
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