O investidor que adquirir o terreno do antigo Gasômetro para construir o
estádio do Flamengo na Zona Portuária do Rio de Janeiro terá a
responsabilidade de realizar diversas melhorias na infraestrutura da área.
Essas obras incluem a criação de ciclovias e a ampliação das calçadas,
conforme estipulado nas regras do leilão do imóvel, que ocorrerá no dia 31,
segundo antecipou o colunista Lauro Jardim.
Espera-se que o estádio e as melhorias no entorno sejam concluídos em até três
anos após a prefeitura entregar o terreno, que ainda está em processo de
desapropriação. O estádio terá capacidade mínima de 70 mil lugares, com a
possibilidade de expansão para até 80 mil.
"Os 70 mil lugares são uma referência para orientar a licitação. Nada
impede que o estádio tenha capacidade para 80 mil,"
explicou Pedro Paulo Carvalho Teixeira (PSD-RJ), deputado federal indicado
pelo município para tratar do assunto.
Embora o edital não mencione diretamente o Flamengo como futuro gestor, ele
especifica que o espaço será destinado a atividades esportivas, além de shows
e eventos culturais. O projeto deve incluir áreas de entretenimento, como
museus interativos e zonas de jogos, tanto dentro quanto fora do estádio.
O cronograma proposto no edital estabelece dois prazos importantes. O plano
urbanístico detalhado deve ser apresentado em até 18 meses, e após a aprovação
pela prefeitura, o investidor terá outros 18 meses para concluir o estádio e
as melhorias no entorno.
O estádio será parte integrante do Projeto Porto Maravilha, que visa a
melhoria da infraestrutura da Zona Portuária do Rio e de São Cristóvão. As
ciclovias planejadas no edital ligarão o estádio aos novos condomínios
residenciais em construção na área portuária. O acesso de veículos ao estádio
será permitido até um edifício-garagem ou estacionamento subterrâneo, acessado
pelas ruas Pedro II e São Cristóvão, para evitar congestionamentos na
movimentada Avenida Francisco Bicalho.
O estádio também contará com iluminação em LED, painéis solares e outras
fontes renováveis de energia. Sistemas de captação e reúso de água da chuva
serão implementados para irrigação dos gramados e uso em sanitários.
O valor mínimo para o arremate do imóvel é de R$ 138,1 milhões. Esses recursos
serão utilizados para indenizar os gestores do Fundo Imobiliário do Porto
Maravilha, administrado pela Caixa Econômica Federal (CEF), atual proprietário
da área. O vencedor do leilão também deverá cobrir eventuais diferenças entre
o valor ofertado e o valor fixado em juízo, além de honorários de peritos
indicados pela Justiça. De acordo com Lauro Jardim, os gestores do fundo
pretendem ajuizar o caso, pois estimam que o terreno vale pelo menos R$ 250
milhões. O juiz será responsável por determinar a emissão de posse da área
para a prefeitura.
A concorrência ocorrerá em duas etapas. Inicialmente, os interessados deverão
apresentar lances em envelopes fechados. A maior oferta servirá como
referência para a segunda etapa, na qual os lances serão feitos verbalmente. O
maior lance ao final das rodadas será declarado vencedor, e o responsável
assinará o documento de arrematação, indicando o valor final ofertado.
Imagem: Divulgação
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