O Flamengo é conhecido por sua apaixonada torcida e sua grandeza, que se
reflete também em sua receita de bilheteria nos nos jogos do Maracanã. No
entanto, um ponto de reflexão importante tem sido levantado: o custo do
Maracanã em comparação a ter um estádio próprio.
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Atualmente, o Flamengo tem a maior receita de bilheteria no Brasileirão, mas
sua receita líquida acaba sendo menor em relação a clubes como São Paulo,
Palmeiras e Corinthians devido às despesas. Essa questão torna-se crucial
quando o clube está se preparando para apresentar sua proposta na concorrência
pelo Maracanã, em parceria com o Fluminense, e ao mesmo tempo, avaliando um
projeto para construir seu próprio estádio. A informação é de Rodrigo Mattos
do Uol.
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Vamos aos números: o Flamengo tem uma média de bilheteria de R$ 3,573 milhões
por jogo e retém cerca de 50% desse valor, ou seja, R$ 1,792 milhões.
Comparativamente, o São Paulo fica com 75% de sua receita de bilheteria nos
jogos no Morumbi, o Palmeiras retém 73% de sua renda no Allianz Parque, e o
Corinthians abocanha 61% do total arrecadado.
A diretoria do Flamengo reconhece que ter um estádio próprio teria um impacto
significativo no aumento da receita líquida de bilheteria. No entanto, é
difícil estimar o valor exato que poderia ser retido devido a várias variáveis
em jogo.
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Um fator é o alto custo operacional do Flamengo no Maracanã, como demonstrado
no jogo contra o Internacional, com despesas chegando a R$ 1,473 milhão. Em
comparação, o Corinthians, com cerca de 15 mil pessoas a menos, teve despesas
de R$ 482 mil na Neo Química Arena.
O pagamento de um aluguel de R$ 250 mil, que é compartilhado com o Fluminense,
também é uma despesa significativa que vai da conta do Flamengo para a empresa
que administra o Maracanã.
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O tamanho do estádio é outro fator a ser considerado, com o Maracanã sendo
maior e, portanto, tendo custos operacionais mais altos. Além disso, a
necessidade de segurança extra para isolar torcedores visitantes aumenta os
custos.
O contexto do Rio de Janeiro também influencia, com a legislação estadual
exigindo gratuidades e a Federação do Rio levando uma parcela maior da
bilheteria do que outras federações. Isso se aplica tanto aos jogos do
Campeonato Carioca quanto aos do Brasileirão.
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A diretoria do Flamengo acredita que um estádio próprio permitiria uma melhor
setorização e segurança, aumentando assim a receita do clube. O projeto em
discussão prevê um estádio maior, com capacidade para até 100 mil pessoas,
proporcionando mais setores para gerar receita, incluindo ingressos populares.
Outra vantagem seria que todas as receitas geradas no estádio, como camarotes,
bebidas, comidas e patrocínios, seriam exclusivamente do Flamengo, sem divisão
com o Fluminense, como ocorre atualmente no consórcio.
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Além disso, o Flamengo não teria que ceder seu estádio próprio, como previsto
nas regras de cessão do Maracanã pelo governo do Estado. Isso preservaria o
gramado e o ganho esportivo.
Para tornar o estádio próprio viável, a diretoria entende que precisa de
parceiros para evitar o endividamento do clube na construção. Afinal, é
preciso fazer um cálculo rigoroso para determinar se haveria um ganho
financeiro em relação ao Maracanã. A busca por um estádio próprio é um tema
que continua a intrigar os torcedores e a diretoria do Flamengo, com a
promessa de potencialmente aumentar ainda mais a grandiosidade do clube.
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