A torcida do Flamengo fez de tudo para apoiar seu time, desde vaquinhas até a
criação de um mosaico gigante no Maracanã, mas, infelizmente, foi presenteada
com mais uma atuação insossa no primeiro jogo da final da Copa do Brasil sob o
comando de Jorge Sampaoli.
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O início da partida não parecia de uma equipe em uma decisão importante, já
que o São Paulo se mostrou muito mais intenso e organizado em campo. O trio
ofensivo formado por Pedro, Bruno Henrique e Gabigol teve dificuldades para
encontrar espaços e criar oportunidades. O Flamengo se viu especialmente
perdido na marcação das investidas de Caio Paulista e nas inversões de bola
dos são-paulinos para o lado esquerdo do campo.
Aos 45 minutos do primeiro tempo, o São Paulo capitalizou uma dessas jogadas,
resultando no gol de Calleri após um cruzamento preciso de Rodrigo Nestor.
Sampaoli, ciente das deficiências de marcação, tentou fazer ajustes táticos,
como a mudança na posição de Gabigol e a reorganização da defesa, mas essas
medidas não foram suficientes para conter as investidas do adversário.
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A insatisfação do técnico argentino com o desempenho da equipe ficou evidente
quando ele abandonou o gramado antes mesmo do término do primeiro tempo. O
gesto pode ter sido uma resposta ao desempenho ineficaz do time ou à
frustração pelo gol sofrido antes do intervalo, mas independente disso, deixou
claro o abismo entre o treinador e os jogadores do Flamengo.
No segundo tempo, o São Paulo optou por segurar o resultado e não encontrou
grande resistência do Flamengo. Gabigol, que teve uma atuação discreta, saiu
machucado, somando-se aos desfalques de Arrascaeta e Luiz Araújo. Everton
Ribeiro, apesar de ajudar na posse de bola, não conseguiu criar situações de
perigo.
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Jorge Sampaoli, em 37 jogos à frente do Flamengo, não conseguiu estabelecer
sua identidade de jogo na equipe. Algumas de suas escolhas, como a preferência
por Matheus Cunha por sua habilidade com os pés, mostraram-se ineficazes. Além
disso, o goleiro também tem falhado em sua saída de bola.
Agravando a situação, a agressão de um membro da comissão técnica de Sampaoli
a Pedro gerou um racha ainda maior entre o treinador e o elenco. Diante dessa
conjuntura, uma medida radical, semelhante à demissão de Marcelo Oliveira pelo
Atlético-MG em 2016 após uma derrota na final da Copa do Brasil, parece ser a
única alternativa viável para o Flamengo.
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É de conhecimento público que Sampaoli não permanecerá no clube na próxima
temporada. Com a derrota e o desempenho insatisfatório, a diretoria
rubro-negra precisa tomar uma decisão drástica para tentar reverter a situação
no segundo jogo da final. A substituição do técnico do sub-20, Mário Jorge,
pode ser a solução para revitalizar o time e oferecer uma saída honrosa para o
pior ano do Flamengo sob a gestão de Rodolfo Landim.
A escolha pode parecer insuficiente para um clube de tal envergadura, mas
representa uma esperança para um final de temporada minimamente digno. O
Flamengo precisa dar uma resposta positiva no Morumbi e reverter a situação, e
essa decisão é o primeiro passo nesse processo de resgate da confiança e do
desempenho da equipe.
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