Por Rodrigo Mattos | Uol: Durante
a semana, o Flamengo contratou o atacante Luiz Araújo, do Atlanta United, e
mirou o meia De La Cruz, do River Plate. Ambos são jogadores que exigem alto
investimento: o brasileiro custou 9 milhões de euros. A estratégia rubro-negra
na janela mistura a necessidade de renovar o elenco com condição financeira
privilegiada.
O plano inicial da diretoria do Flamengo nem é de três a quatro contratações.
As prioridades eram volantes e um extremo pela direita, já atendido com Luiz
Araújo. No clube, entende-se que há uma necessidade extrema de dois
meio-campistas.
E como a diretoria consegue investir alto depois de já ter comprado Gerson no
início do ano? O clube registrou um total em caixa de R$ 167 milhões. É uma
redução em relação ao final de 2022 (R$ 254 milhões), mas é um patamar raro no
futebol brasileiro.
Para além disso, o Flamengo zerou suas operações por empréstimo no final em
abril, isto é, não deve nada para bancos. Isso gera uma capacidade de gerar
novos financiamentos para fazer operações caras como de Luiz Araújo e De La
Cruz, que, ressalte-se, são parceladas.
No longo prazo, o Flamengo tem uma conta alta de R$ 292 milhões para pagar em
contratações. E, no total, prevê receber R$ 137 milhões. Há necessidade de
equilíbrio no longo prazo, mas não exatamente agora pois o clube tem
capacidade de gerar caixa.
Assim, haverá vendas, mas não necessariamente agora no meio do ano. Assim, a
diretoria vai aos poucos renovando seu elenco. De La Cruz é visto como
essencial para substituir Arrascaeta e Everton Ribeiro que não conseguem jogar
em toda a temporada. A ideia é somar os três meias para haver sempre atleta de
alto nível na posição para os até 75 jogos na temporada.
O uruguaio não é o volante considerado essencial, embora atue em uma faixa de
campo mais extensa no meio-campo do que os dois meias rubro-negros. A outra
procura é por um volante na posição de 1, na qual Pulgar e Thiago Maia atuam
no momento.
Sampaoli referendou De La Cruz, e não foi sedento por reforços. Concordou com
o plano do clube de contratar de três a quatro jogadores.
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