Os primeiro seis jogos de Sampaoli no comando do Flamengo, foram marcados por
gols sofridos causados pelos mais variados erros defensivos, erros de marcação
em bolas aéreas, falhas individuais e jogadas imprevisíveis. Esses erros
mostram que o sistema defensivo carece de mais atenção dos jogadores e do
treinado para tentar corrigir.
Em uma amostra de cinco jogos, o Flamengo venceu apenas uma partida (contra o
Maringá) e empatou outra (contra o Racing), sofrendo um total de dez gols.
Houve três derrotas - para Internacional, Botafogo e Athletico - todas pelo
Brasileirão.
A única partida em que o Flamengo de Sampaoli não sofreu gols foi na primeira
das seis partidas dele no clube, contra o Ñublense: vitória por 2 a 0 pela
Libertadores.
Os gols sofridos pelo Flamengo de Sampaoli
Contra o Athletico (2 a 1)
1 - Goleiro Santos saiu equivocadamente ao tentar adivinhar onde a bola iria
e foi batido na jogada por um domínio errado de Vitor Roque.
2 - Tabela no setor esquerdo defensivo e avanço do lateral adversário
resulta em chute cruzado. No rebote, Erick estava sozinho na área para
chutar para o gol praticamente vazio.
Contra o Racing (1 a 1)
3 - Falta cometida pelo lateral-direito Wesley, expulsão e cobrança de falta
certeira de Oroz. Santos não pulou na bola. Ajoelhou-se e o golpe de vista
não funcionou.
Contra o Botafogo (3 a 2)
4 - Pênalti ocasionado por um bote mal dado por Wesley dentro da área.
5 - Falha da marcação na bola aérea: Danilo cabeceou sozinho após cobrança
de escanteio.
6 - Mesmo com um a menos, Flamengo permitiu avanço do Botafogo pela direita.
Tchê Tchê escapou, cruzou para trás, já que David Luiz não conseguiu chegar
abafando. Tiquinho bateu sem marcação.
Contra o Maringá (8 a 2)
7 - Gol contra feito por Fabrício Bruno, após batida de escanteio.
8 - Gol em uma finalização de fora da área, que desviou nas costas do
jogador adversário e encobriu Santos.
Contra o Internacional (2 a 1)
9 - Ataque colorado nasce de uma cobrança de lateral e avanço pelo
meio-campo. Léo Pereira não ganha dividida com Wanderson, que acha Maurício
entrando livre nas costas do lateral Ayrton Lucas. O meia não perdeu.
10 - Outra cobrança de lateral. Passe de Allan Patrick passa por Jean, que
não prossegue na jogada ao tentar cavar pênalti. Mas a bola vai para
Maurício do mesmo jeito. Ele tem tempo de dominar, limpar a marcação e bater
por cima de Santos, ligeiramente adiantado.
Nesses jogos mencionados acima, correram falhas defensivas diversas que
evidenciam a inconsistência não só do goleiro Santos, criticado pela forma
como permitiu o gol de Vitor Roque no jogo de ontem (7), mas de todo o
sistema defensivo.
"Nossa equipe hoje é uma equipe frágil, tem tomado gols em jogadas bobas,
que dariam para ser evitados"
- disse Everton Cebolinha após derrota para o Athletico. Já Léo Pereira,
ressaltou a importância da concentração no setor defensivo:
"Sempre que a gente tiver atacando, temos que estar concentrados ali
atrás para não acontecer o que aconteceu hoje: duas bobeiras nossas, dois
gols deles".
Sampaoli alterna basicamente com dois sistemas de jogo - um com três
zagueiros e outro com dois zagueiros - e realizou ajustes táticos de
posicionamento que afetaram o balanço entre os laterais e a formação do
meio-campo. Mas o time mostrou insegurança em ambos os sistemas.
Para resolver a situação, o treinador pediu uma reação rápida do time,
admitiu que há ansiedade que afeta a tomada de decisão e ressaltou que as
falhas não são apenas defensivas, mas também ofensivas, já que o time tem
desperdiçado muitas chances de gol.
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