A terça-feira foi uma noite triste para os torcedores do Flamengo. Embora
tivesse tudo para ser de comemoração, o jogo contra o Al-Hilal terminou com
uma derrota de 3 a 2, adiando o sonho do clube de se tornar bicampeão
mundial.
A mudança decidida pelo treinador Vítor Pereira de substituir Arrascaeta, o
jogador principal da equipe, no intervalo, após a expulsão de Gerson, gerou
uma grande insatisfação entre os torcedores e a imprensa. O comentarista
Renato Maurício Prado, por exemplo, ficou confuso com a decisão do treinador.
“A substituição do Arrascaeta mostra uma imbecilidade a toda prova. ‘Ah mas
não estava jogando bem’. Cara, você precisa ganhar o jogo, está perdendo por
2 a 1 e tira seu principal armador, sabe que a qualquer momento ele pode
tirar um coelho da cartola e bota o Pulgar. Você não quer ganhar, está
preocupado em perder de pouco. Não tem explicação a saída do Arrascaeta,
assim como o Everton Ribeiro. Quem ele acha que está treinando?”, diz
Renato.
A opinião de Renato é que, a longo prazo, Vítor Pereira fará mudanças no
time do Flamengo. Ele acredita que o quarteto ofensivo será desmontado e
Arrascaeta será um dos primeiros ser barrado pelo treinador.
“Eu não vou me espantar que o cara que ele sai sacar do time primeiro será o
Arrascaeta. Ele não gosta do Arrascaeta, isso é óbvio. Ele vai barrar o
Arrascaeta, ouçam o que estou dizendo e aí ele vai começar a cavar
definitivamente a cova dele. E se deixar, vai barrar muita gente, não só o
Arrascaeta”, completou.
Na coletiva após a partida, Vítor Pereira justificou as substituições de
Arrascaeta e Everton Ribeiro, decisões que geraram muitas críticas durante e
depois do jogo.
– Eu não tirei o Arrascaeta por sua condição física. Nunca tiraria ele no 11
contra 11. Mas a equipe sofreu uma expulsão. Uma equipe muito ofensiva, que
tem momentos de desequilíbrio na defesa. Gerson e Thiago são jogadores que
equilibram com sua percepção e capacidade física, sustentam Pedro, Gabigol,
Everton Ribeiro. Mas, com o resultado e com um a menos, o treinador tem que
tomar decisões – explicou Vítor.
– Decisões são discutíveis. Não optaria por deixar uma equipe só com o
Thiago Maia, com jogadores necessitando de propensão ofensiva. Precisávamos
de mais um, dois, três, porque a equipe iria se desiquilibrar. Não foi minha
opção tirar o Arrascaeta, mas precisei, era escolher entre ele e o Gabigol.
Precisava equilibrar a equipe com um a menos. Foi uma decisão muito difícil,
pro nível que o Arrascaeta tem, mas eu tive que tomar uma decisão e foi esse
o meu critério – acrescentou.
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