O início da temporada conturbado do Flamengo, com a derrota na Supercopa para
o Palmeiras e a eliminação na semi-final do Mundial de Clubes, será um teste
de resiliência para o clube em 2023. Segundo matéria de
Diogo Dantas no Extra, a diretoria, que optou por mudar o comando
técnico no início do ano, será questionada novamente sobre o profissionalismo
presente no futebol e mantido pela gestão financeira. Os resultados colocam
pressão sobre o trabalho de Vítor Pereira, escolhido para elevar a qualidade e
manter a reformulação iniciada por Dorival Júnior no final de 2022.
Mas, acima de tudo, estes resultados mostram que as decisões tomadas pela alta
administração do futebol, que frequentemente muda de treinadores, não estão
sendo tomadas da melhor forma. A escolha por um treinador com uma mentalidade
diferente foi uma aposta arriscada, apoiada pelo sucesso no final do ano, mas
também pela queda de desempenho. Para continuar fortalecendo o time e buscando
novas estratégias, Vítor Pereira agora terá mais tempo para aplicar sua
filosofia de maneira mais profunda. Até agora, ele só teve tempo para conter
os danos causados por um planejamento apressado e sem tempo adequado de
preparação devido às longas férias de fim de ano.
Em pouco mais de um mês, o treinador encontrou questões graves no Flamengo
relacionadas ao sistema de jogo. Ele as expôs com precaução e tentou ajustar
o time para uma maior eficiência, mas ainda não teve sucesso. As
deficiências no elenco que foram escondidas pelas recentes vitórias agora
estão novamente evidentes. Após a contratação de Gerson para preencher a
vaga de João Gomes, o clube está procurando no mercado e espera contratar
pelo menos um jogador de destaque até o fim de abril. Algumas contratações
recentes não deram certo, como Marinho e Éverton Cebolinha, que custou 18
milhões de euros ao Benfica. Varela e Pulgar também têm dificuldade para se
estabelecer. E Vidal que criou polemicas e foi advertido, tem seu futuro
incerto para esse ano.
A contratação de atacantes e um volante é uma prioridade para que o
treinador possa oferecer alternativas de jogo mais atualizadas e sólidas.
Enquanto isso não acontecer, os resultados e o desempenho do Flamengo
oferecem a Vítor Pereira o cenário ideal para ir mais longe em suas
avaliações. Se antes do Mundial ainda havia alguma confiança de que o time
poderia chegar à final e competir com o Real Madrid apenas com seu talento,
agora essa convicção foi desfeita.
O objetivo principal do técnico Vítor Pereira é encontrar soluções
criativas para manter a equipe competitiva tanto com quanto sem a bola.
Isso exigirá uma revisão de privilégios. A constatação de Pereira de que
Arrascaeta só deveria ter saído do campo contra o Al Hilal em casos
extremos exemplifica a complexidade da situação. Além de Arrascaeta, Pedro
e Gabigol são idolatrados e entregam em campo, mas mesmo assim Éverton
Ribeiro, com 34 anos, é quem tem menos destaque e "carrega mais o piano"
do que seus companheiros de equipe. O problema é que não há jogadores
disponíveis em boa forma para substituí-los.
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