Por Mauro Cezar | Uol:
Com as mudanças feitas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro no edital de
concessão do Maracanã, administrar o estádio tornou-se ainda menos
interessante para o Flamengo, que ao lado do Fluminense faz a gestão
provisória do estádio e têm o interesse de, juntos, assumi-lo por
aproximadamente 30 anos.
A alteração foi informada pelo Blog do Rodrigo Mattos, na quinta-feira.
Na noite de sábado, o presidente Rodolfo Landim respondeu ao blog sobre o
assunto.
O que há de concreto sobre o futuro estádio do Flamengo?
De concreto, o que há é apenas a escolha de sua localização, o terreno do
Gasômetro. A luta no momento é conseguir a liberação do terreno para a
construção do Estádio.
E qual a situação?
O terreno está registrado em nome de um fundo gerido pela Caixa Econômica
Federal (CEF) por ter sido constituído com recursos do FI-FGTS. Por sua vez,
os gestores nomearam após processo seletivo a Vinci Partners como assistente
técnico responsável por avaliar e recomendar todas as aplicações de recursos
do referido fundo.
O terreno anteriormente pertenceu à União, registrado em nome da SPU
(Secretaria de Patrimônio da União), que o cedeu à Prefeitura do Rio de
Janeiro em troca de uma dívida de R$ 226 milhões (ainda não quitada) e esta o
transferiu ao referido fundo como parte do pagamento por recursos cedidos por
este para as obras do Porto Maravilha. Outro aspecto importante é que além do
terreno propriamente dito, o fundo detém, associado a este terreno, um CEPAC
(Certificado de Potencial Adicional de Construção) emitido pela Prefeitura e
aprovado pela Câmara dos Vereadores do RJ. Isto significa o direito de ter uma
maior área construída no referido terreno. Este CEPAC pode ser transferido
para outro terreno, mas depende de autorização da Prefeitura (e o prefeito já
se declarou favorável a fazer isto) e aprovação dessa transferência (a ser
dada pela Câmara dos Vereadores).
O Flamengo agora, então, precisa que decidam vender o terreno a ele,
certo?
A construção do Estádio é de interesse de todos. A Prefeitura sabe que ela
ajudará a revitalização de uma área do Porto Maravilha que não "decolou". O
mesmo podemos dizer dos gestores da CEF já que existem outros terrenos com
altos valores de CEPAC por ali que seriam valorizados. O que estamos
construindo com todos os atores citados é uma forma de liberar o terreno para
a compra pelo Flamengo com todas as aprovações necessárias. Este resumo que
fiz é para se ter a ideia dos atores envolvidos no assunto e das tratativas
necessárias prévias à compra do terreno que estão em andamento. É o que dá
para comentar.
Imagem: Divulgação
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