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Embora o Flamengo ainda aguarde os resultados dos exames complementares que
foram realizados a partir desta quinta-feira em David Luiz, o quadro de
hepatite viral apontado pelos médicos não gera tanta preocupação no clube para
a reta final da temporada. O zagueiro deve ficar de fora do jogo de domingo
contra o Botafogo, pelo Brasileiro, mas não será afastado por prazo
indeterminado e terá tempo de se recuperar para as partidas mais decisivas.
Detalhes serão apresentados pelo departamento médico nesta sexta após nova
rodada de avaliações.
Substituído no intervalo do jogo contra o São Paulo pela Copa do Brasil, o
jogador de 35 anos exibia há dias sintomas da doença, mas antes de a bola
rolar se prontificou a jogar e não estava em quadro clínico preocupante. Ao
longo da semana, sim, apresentou cansaço elevado, com sono ruim, e ligou o
alerta do Flamengo, que ampliou as investigações e se aproximou da hipótese de
hepatite, doença que acomete o fígado.
O semblante preocupado de David Luiz ao ser substituído no jogo entre Flamengo
e São Paulo levantou questionamentos sobre os motivos de o zagueiro ter
entrado em campo no Morumbi. A razão é que os primeiros sinais de cansaço e
outros problemas decorrentes do quadro ainda em análise haviam melhorado. Mas
o cansaço voltou e a comissão técnica decidiu tirá-lo. O tratamento caso se
confirme a doença consiste em descansar o organismo para que ele possa
combater o vírus.
O técnico Dorival Jr já tem utilizado Fabricio Bruno no lugar do zagueiro
titular. A dúvida fica por conta da viagem para a Argentina para o jogo com o
Vélez na próxima semana, pela Libertadores. O Flamengo também aguarda o
retorno de Rodrigo Caio, com lesão no joelho.
Entenda
As hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B e C.
Apesar de serem detectadas em menor frequência, existem ainda o vírus da
hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é
menos comum em nosso território, sendo encontrado com maior facilidade na
África e na Ásia. Segundo o Ministério da Saúde, na maioria das vezes as
hepatites virais são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas.
Entretanto, o paciente acometido pela doença pode apresentar os seguintes
sinais: cansaço; febre; mal-estar; tontura; enjoo; vômitos; dor abdominal;
pele e olhos amarelados; urina escura; fezes claras.
As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se
tornam crônicas. No entanto, como nem sempre os sintomas vêm à tona, grande
parte das pessoas não sabem que têm a infecção. Isso faz com que a doença
possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço da infecção
compromete o fígado, sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem
levar ao desenvolvimento de câncer e à necessidade de transplante do órgão.
O impacto dessas infecções acarreta aproximadamente 1,4 milhões de mortes
anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose
associada às hepatites, de acordo com o Ministério da Saúde. A taxa de
mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada às do HIV e
tuberculose. Atualmente, existem testes rápidos para a detecção da infecção
pelos vírus B ou C, que estão disponíveis no SUS para toda a população. Todas
as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos
de hepatite Além disso, ainda que a hepatite B não tenha cura, a vacina contra
essa infecção é ofertada de maneira universal e gratuita no SUS, nas Unidades
Básicas de Saúde.
Já a hepatite C não dispõe de uma vacina que confira proteção. Contudo, há
medicamentos que permitem sua cura. As formas de transmissão das hepatites
virais dependem do tipo do vírus que causa a doença. A hepatite A, por
exemplo, tem uma transmissão fecal-oral (contato de fezes com a boca). A
doença tem grande relação com alimentos ou água não seguros, baixos níveis de
saneamento básico e de higiene pessoal. Contatos próximos e relações sexuais
desprotegidas (sem camisinha) com uma pessoa infectada também pode transmitir
a doença.
Já as hepatites B e C podem ser transmitidas através do contato com sangue
contaminado (compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso
de drogas) ou através de cortes; por relações sexuais sem uso de preservativo;
por Compartilhamento de materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear e
depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou
cortam); de mãe para filho na hora do parto.
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