O Globo:
O Vasco entrou na Justiça contra o Flamengo por causa do veto do Consórcio
Maracanã a realização da partida do clube contra o Sport, no dia 3 de julho,
pela Série B do Campeonato Brasileiro. A ação foi distribuída nesta
sexta-feira ao juiz Alessandro Oliveira Félix, da 51ª Vara Cível do Tribunal
de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O processo foi aberto contra o Flamengo,
porque apesar de ele ser sócio do Fluminense no Consórcio, é quem responde
juridicamente pelo contrato.
Na ação, o Vasco é defendido pelos advogados Marcelo de Andrade Figueira e
João Pedro de Andrade Figueira. Eles são, respectivamente, filho e irmão do
atual presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Henrique Carlos de
Andrade Figueira.
A dupla, entretanto, não foi contratada para atuar apenas nesta ação. O
escritório deles, o Andrade Figueira, advoga pra o Vasco em outros processos.
O Consórcio Maracanã negou definitivamente o pedido do Vasco soba a alegação
de preservação do gramado. Eles se baseiam em um documento da Greenleaf,
empresa responsável pela manutenção do gramado do Estádio do Maracanã, que
afirma que o ideal é que haja um jogo por semana no estádio e que já há uma
partida programada para o dia anterior ao solicitado pelo Vasco. O clube
soltou uma nota de repúdio em que considerou o vero como “absurdo”.
A alegação dos advogados do Vasco é de que “o contrato de permissão de uso do
Complexo Maracanã não abre qualquer possibilidade de negativa de utilização
pelos outros clubes". E pedem que “seja autorizada a partida no Maracanã "nas
mesmas condições comerciais praticadas aos jogos do Fluminense no ano de
2022".
Os advogados também sustentam que no dia 12 de junho o Vasco jogou no Maracanã
"menos de 24h depois da partida entre Fluminense e Alético Goianiense sem que
tenha havido qualquer reclamação ou incidente com relação ao estado do
gramado".
O Flamengo informou que apresentará à Justiça um laudo técnico que prova os
prejuízos ao espetáculo, com danos ao gramado e até aos atletas, por
consequência, do excesso de jogos no estádio. Entre as justificativas, está
também a situação ocorrida no ano passado, quando os dois permissionários
tiveram que jogar em outras praças para que o gramado fosse preservado.
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Imagem: Divulgação