Extra:
Victor Hugo foi só mais um jovem utilizado por Paulo Sousa no Flamengo que deu
retorno quase que de imediato. O trabalho do técnico tem como ponto alto até
agora uma atenção maior aos talentos da base.
Antes do meia de 18 anos, o português promoveu um melhor aproveitamento do
goleiro Hugo, do volante João Gomes, do atacante Lázaro e do meia Matheus
França.
Em seguida, em nova leva oriunda do sub-20, deu minutos a jovens como os
zagueiros Cleiton e Iago, os laterais Wesley e Marcos Paulo e os volantes Igor
Jesus e Daniel Cabral, além do atacante Peterson.
João Gomes é o maior símbolo deste trabalho. Atuou em 25 das 27 partidas, 17
delas como titular. Em seguida, vem Lázaro, com 22 jogos, 11 como titular. O
terceiro colocado é Hugo, com 19 jogos titular. Para completar, vem
Matheuzinho, com 15 partidas, em 10 jogando de início.
Victor Hugo entrou nos dois jogos contra o Altos pela Copa do Brasil e atuou
por 10 minutos diante do Talleres, na Libertadores. O maior aproveitamento se
deve à dificuldade de reposição na função de meia, em que o Flamengo depende
de Arrascaeta e Éverton Ribeiro. Sem Matheus França, que fraturou a fíbula,
Victor Hugo pediu passagem.
Desde as primeiras conversas com o Fla, Sousa deixou claro que gosta de
conhecer e trabalhar com jovens. O técnico é amigo de analistas de mercado e
observadores de clubes europeus que o ajudam a se manter informado sobre as
novidades no universo das categorias de base.
Assim que chegou ao clube, Paulo Sousa chamou os auxiliares Manuel Cordeiro e
Victor Sánchez e promoveu reunião com o gerente de futebol Fabinho Soldado, o
gerente técnico Juan, o gerente de transição Carlos Noval e o gerente da base
Luís Carlos. O objetivo era saber mais a respeito da estrutura da base,
metodologias, processos e modelos de treinamento. E, claro, o que poderia ser
aprimorado, como introduzir mais exercícios nos treinos que refletissem nos
jogos.
Nesse contexto, chamou muito a atenção a preocupação com o lado mental. Para o
português, os atletas da base precisam trabalhar forte este quesito desde
cedo, para aguentarem a pressão psicológica dentro e fora de campo. Sousa não
pediu a contratação de um psicólogo e tem feito às vezes deste profissional,
com um mapeamento do material humano à disposição.
Ainda na Europa, Paulo Sousa pegou dados sobre atletas do clube. Nos treinos
da pré-temporada, pôde ver muitos deles de perto, quando estavam sob comando
de Fábio Matias. Acompanhou os jogos-treino no CT e as duas primeiras partidas
do Estadual in loco. As observações renderam a promoção de Matheus França,
Cleiton e Noga. Entre idas e vindas do sub-20, Lázaro também foi efetivado no
elenco principal.
Dentre os que já treinavam com Sousa, quem mais o encantou foi João Gomes, que
estava decidido a sair. Com a alegação de que seria importante para o esquema
de jogo, convenceu o volante a ficar. Hoje, Gomes ganha espaço e foi preterido
em relação a Andreas Pereira, que ainda não tem a compra assinada.
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Imagem: Divulgação
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