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O técnico Paulo Sousa realizou imposições e fez pedidos à diretoria do
Flamengo logo em sua chegada que acenderam o sinal de alerta em um plantel
estrelado e acostumado a ter lideranças próprias. Centralizador nas ideias,
ele não se preocupou em explicar mudanças e trocas no time a alguns jogadores,
o que gerou incômodo.
Segundo publicação do jornal Extra, essa foi a principal diferença em relação
a técnicos anteriores, especialmente a Rogério Ceni, campeão brasileiro com a
equipe em 2020 e elogiado por seus treinamentos, mesmo que não tenha caído nas
graças da torcida. Rogério teria se preocupado em conhecer o elenco, os grupos
formados e os principais relacionamentos, para a partir daí implementar novas
ideias. Paulo Sousa, por sua vez, viu o choque cultural ser um entrave logo de
início, já que não conhecia o futebol brasileiro e o tipo de relação dos
jogadores entre si, com a comissão técnica e com a diretoria.
Com um estilo impositivo aos atletas e trabalhando de forma vertical, não deu
espaço para trocas a um elenco questionador, que ficou conhecido por discutir
futebol com os técnicos anteriores e por ter nomes fortes no plantel. Segundo
a publicação, também foi aí que diferenciou dos antigos técnicos do Flamengo.
Ele nunca explicou aos jogadores que saíram da equipe o motivo de suas trocas,
assim como pouco explanou sua metodologia de trabalho.
Seus principais problemas se deram com Diego Alves, que se tornou terceiro
goleiro e não teve uma explicação para ter perdido tanto espaço. Segundo o
Extra, também é de conhecimento interno e externo que, na Polônia, com um
elenco também estrelado, ele passou por dificuldades semelhantes até conseguir
formar a equipe – que no fim das contas conseguiu a classificação para a Copa
do Mundo. A diferença é que, por lá, as estrelas eram em menor quantidade e
lideradas por uma maior entre todas, que era Robert Lewandowski.
Bruno Henrique e Éverton Ribeiro recuperam espaço no Flamengo
Dois jogadores que haviam perdido espaço no Flamengo com Paulo Sousa, mas que
agora vivem outro momento com o treinador são Bruno Henrique e Éverton
Ribeiro. O primeiro reencontrou seu bom futebol e entendeu os pedidos do
técnico, que exige recomposição mais rápida pelo lado esquerdo. Assim que o
camisa 27 compreendeu, voltou à sua posição de origem e tem sido um dos
principais atletas do plantel.
Éverton Ribeiro, por sua vez, que vinha atuando como ala pela esquerda, foi
outro que voltou a atuar pela direita, posição na qual brilhou pelo Flamengo
desde que chegou, conseguiu se tornar peça ofensiva importante e, em campo,
mostrou a Paulo Sousa que tem capacidade de realizar seus pedidos no quesito
tático, assim como ser fundamental mais próximo ao gol, como fez na
Libertadores ao marcar duas vezes na vitória por 3 a 1 sobre o Talleres.
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Imagem: Divulgação
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