GE:
O Flamengo venceu por 3 a 2 a Universidad Católica nesta quinta-feira, no
Chile, mas sofreu. E, após o triunfo, Paulo Sousa afirmou como o time pode
evoluir defensivamente. Para ele, o caminho mais curto é tendo a posse de
bola.
- Esse é o terceiro jogo na Libertadores, com três vitórias e duas fora.
Fizemos cinco gols fora que nos deram a possibilidade de ganhar. Penso que a
melhor forma de defendermos é termos mais tempo de bola. Em alguns momentos
aceleramos, o que não nos permitiu ter o tempo de bola. Para estarmos bem
organizados, com as linhas bem mais próximas e podermos defender quase sempre
em transição de forma a não defender tanto o bloco.
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Pablo bem mais uma vez
- Sobretudo a capacidade que nos dá em duelos aéreos e de marcações
importantes a pontas adversários com mobilidade e capacidade no jogo aéreo. Em
termos ofensivos, algo que já tínhamos trabalhado com ele na França. Claro que
são companheiros, mobilidade e interpretação totalmente diferentes.
- Com certeza vai crescendo no jogo curto entre linhas de forma a evoluir em
sua grande capacidade, que é defender bem. Defender bem entre linhas, diminuir
distâncias, defender bem seus adversários diretos e em termos de cruzamento.
Dentro da área é um jogador muito importante para nós.
Primeira vitória em San Carlos de Apoquindo
- Fazer três gols fora e ganhar não é fácil, não é para todos. Por isso, temos
que evoluir com vitórias como esta.
Importância de se ter mais a bola
- Para defendermos sempre bem precisamos com certeza ter mais a bola. Em todos
os momentos que tivemos várias situações de transições, ou seja de defendermos
bem e podermos contra-atacar, tivemos momentos para fazermos mais gols e
desmotivar o nosso adversário. Quando não concretizamos, criamos mais espaços
para os nossos adversários também botarem mais velocidade no jogo e aí nos
empurrarem para um bloco mais baixo.
Erros no segundo tempo
- Na segunda etapa, no bloco baixo, precisamos ser mais intensos, fazer mais
pressão e ter maior clareza nos conceitos de triângulos, de coberturas e
flutuações mais rápidos. De forma a podermos potencializar nosso jogo.
Saídas de Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol
- Sobretudo por opção física. Everton tem nos ajudado e tentado se recuperar.
Tem fortes dores na panturrilha. E procura recuperar para nos ajudar. Hoje foi
um jogo difícil para ele. Muita pressão, muito jogo de costas e muita pressão.
- O Arrasca teve uma contusão no seu músculo. Vinha com alguma dificuldade
durante a primeira parte. Como o Bruno já tinha dito, havia uma expectativa de
até menos minutos para ele do que ele ofereceu. Claro que o time precisa dele,
mas temos de seguir algum cuidado para mantê-lo a nível competitivo.
Precisávamos de alguém no jogo aéreo que nos pudesse ajudar, seja em
escanteios ou em faltas laterais com o Pedro. E também ter profundidade e
estarmos mais próximos do gol adversário.
Saída de João Gomes
- Em relação ao João e a todos os volantes, dentro do nosso jogo há uma
necessidade física muito grande e uma clareza mental no jogo. Não podemos
esquecer que João vem com muita minutagem acumulada, muito desgaste físico e
também com algumas queixas musculares exatamente pelo volume de trabalho.
- Entendemos que precisávamos de mais intensidade e frescura. Por isso,
tomamos a decisão pelo Andreas, que ultimamente tem tido menos participação,
para poder trazer essa mesma intensidade.
Maior preocupação é defensiva?
- Claro que o momento da nossa organização defensiva é algo que trabalhamos,
procuramos melhorar, mas trabalhamos as duas transições, a nossa organização
ofensiva.
- Minha melhor concepção defensiva é de termos o mais tempo de bola e defender
exclusivamente numa transição defensiva para recuperar a bola o mais
rapidamente. Hoje foi o jogo em que concedemos mais condições ao adversário de
poderem criar situações de gols.
- Se olharmos todos os jogos anteriores, os nossos adversários não têm criado
tanto. Hoje sobretudo sofremos, faltou mais intensidade em termos individuais
e coletivos. Temos que entender o contexto: o número de jogos, o nosso
adversário fora de casa e que tudo que aquilo que fizemos acabou por ser
positivo o resultado que conseguimos aqui.
- Não é um campo fácil, não é um adversário fácil. Poderíamos ter construído o
resultado até antes e termos muito mais tranquilidade para uma gestão melhor
do jogo e isso não aconteceu. No nosso melhor momento acabamos por sofrer o
gol, mas o mais importante foi o resultado.
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Imagem: Reprodução
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