GE:
O Flamengo sobrou contra o Botafogo no Nilton Santos. Venceu por 3 a 1 e
poderia ter feito mais. Após o duelo, Paulo Sousa destacou que a forma como a
vitória foi construída e por se tratar de um clássico contribui para uma
conexão maior entre time e torcida.
- Todos jogos são importantes para vencer, sobretudo com novos processos.
Vencer clássicos ajudam porque dão consistência e convicções. Conseguimos
conectar para haver uma sinergia com a nação. Esses tipos de vitórias são
fundamentais.
Apesar de satisfeito com o resultado, o treinador destacou que o time precisa
ser cada vez mais eficiente durante as partidas para controlá-las com maior
facilidade.
- Tivemos boa qualidade no jogo, conseguimos ir por fora. Pudemos dar
verticalidade por dentro. A mobilidade dos três da frente foi extraordinária.
Temos de melhorar na eficácia como sempre. Poderíamos ter o controle do jogo
já no primeiro tempo. Pecamos ainda muito pela eficácia. Vai haver jogos em
que o número de oportunidades vai ser menor do que o que criamos hoje. E essa
eficácia com certeza vai fazer a diferença.
O treinador também afirmou algo que já havia destacado: a necessidade de
impedir que adversários fiquem picando o jogo o tempo inteiro. Ele acredita
que o Botafogo teve esse comportamento desde o princípio.
- Sobretudo temos que melhorar de conduzirmos os jogos para não termos pausas,
mesmo que o adversário procure essas pausas desde o começo. Temos de estar
sempre focados no jogo. Depois, dentro da facilidade que o jogo possa ter,
temos que estar igualmente concentrados.
- É isso que a equipe precisa entender, sobretudo quando fazemos substituições
com jogadores de características de contra-ataque. Temos que ter a capacidade
de pensar que todas as jogadas têm que ser finalizadas. Não podemos perder
bolas para termos a dupla transição.
Confira outros tópicos:
Obrigações defensivas de Gabigol
- Eles as teve hoje mais uma vez, e isso é salutar porque não é só a linha
defensiva que defende mais o goleiro. Não é só o volante que filtra o jogo,
temos que ter um bloco defensivo, e a primeira linha de pressão é importante.
Sabemos que há jogadores que têm mais dificuldades para manter processos
intensos sem bola, mas temos que melhorar como hoje. Mesmo quando estamos
cansados, e isso fizemos.
- E todos eles tiveram disponibilidade grande de pressão e de chegar aos
posicionamentos quando estavam cansados.
Movimentação do trio Arrascaeta/Pedro/Gabigol
- Em relação à mobilidade do Gabi e do Arrasca, quando temos um jogador de
profundidade com o Pedro aí que temos de melhorar ainda mais nisso. Quando
temos jogadores de mobilidade e por fora, é mais importante ele estar perto da
área em quadrado com os postes. De forma a poder fazer diferença como fez no
gol. E tem de estar mais próximo para poder criar espaços e tempos para
mobilidade dos jogadores entrar nas entrelinhas. Gabi e Arrasca entenderam
muito bem e fizeram um bom jogo.
Escolha de Gabigol por bater o pênalti decisivo contra o Galo
- Há coisas que têm de ser tratadas internamente. Como no futebol, temos que
rapidamente focar no jogo seguinte e hoje era um clássico bem importante para
consolidarmos nossos processos para a nossa nação, houve um foco. E essa
intensidade e foco foram vistos, e a performance da equipe foi extraordinária.
Lázaro bem mais uma vez
- É um jogador que tem entrado muito atento e focado. Tem trabalhado muito
bem, tem adquirido e seguido as nossas indicações de forma clara. E, por isso,
vem tendo suas oportunidades, jogando de início e entrando.
- Como outros da base, tínhamos referências visuais e escritas dele. Quando
chegamos, interagimos com os responsáveis pela base para podermos ter mais
elemento de forma a direcionar o melhor trabalho. E, sem dúvida, é um rapaz
que está super focado, superintenso e preocupado em receber toda a direção que
damos. Contribuiu muito bem para nos ajudar a ganhar jogos do início ou
durante o jogo.
Ataque funcionando bem
- Como falei da nossa organização defensiva em que todos têm papel importante
porque temos ideia bem concretas em nível de bloco, em termos ofensivos é a
mesma coisa. Não só o trio de ataque que tem de funcionar, a nossa capacidade
de atrair adversários para determinadas zonas para podermos dar velocidade e
os timing certos de forma que a mobilidade do nosso trio seja a mais correta.
- Depois, quando tivermos mais espaço sobretudo nos corredores centrais, onde
têm uma interação mais próximo, poderem fazer diferença. Hoje foi boa e
poderia ter sido muito melhor. Pecamos ainda muito pela eficácia. Vai haver
jogos em que o número de oportunidades vai ser menor do que o que criamos
hoje. E essa eficácia com certeza vai fazer a diferença.
João Gomes é titular?
- Tenho vindo a dizer que todos são titulares, vamos precisar de todos os
jogadores. É um rapaz que tem vindo a assimilar muito todas as nossas
indicações. Fisicamente é um jogador importante, sobretudo nos duelos. Tem
dado muito dinâmica ao jogo e entendido o jogo de posições, de espaços e
timings.
- Por isso é mais um elemento dentro do nosso elenco para poder ajudar a nossa
equipe. Eles sabem perfeitamente que fui muito direto: a equipe está muito à
frente de todos os nós. Todos temos que estar disponíveis para adquirirmos as
ideias e os conceitos. E estarem sempre prontos para eu, enquanto líder, tomar
as decisões para ajudar a equipe a ganhar os jogos.
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Imagem: André Durão
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