Por Rodrigo Mattos | Uol: Os clubes da Série A estão discutindo internamente como tratar as duas
propostas recebidas pelos direitos da Liga do Brasileiro feitas pelas empresas
Codajas Sports Kapital e LiveMode/1190. Nas conversas, há um debate sobre o
teor das ofertas e como avaliar as duas ofertas. Há a possibilidade de se
estruturar uma concorrência.
A Liga para organizar o Brasileiro foi fundada no meio de 2021. Desde então,
há discussões e sondagens sobre a possibilidade de vender parte dos direitos
futuros da entidade a investidores. Os valores debatidos giravam entre US$ 750
milhões e US$ 1 bilhão.
Na sexta-feira, dia 28 de janeiro, a Codajas apresentou uma proposta para
gerir a Liga, tanto a parte comercial quanto a governança. Não apresentou
garantia de investimento depois que não houve acordo para obter recursos do
fundo Advent. Mas foi proposto que o BTG atue como banco captador de
investimento durante cinco meses para obter até R$ 5,5 bilhões.
Na sequência, a LiveMode/1190 apresentou uma outra oferta: informa já ter
garantido o investimento de US$ 800 milhões (R$ 4,2 bilhões) para compra de
20% da Liga. A modelo é assumir apenas a gestão comercial da Liga, os clubes
cuidariam da sua estruturação. Os recursos vêm de mais de um investidor, nomes
ainda não foram revelados.
As apresentações das duas propostas geraram intenso debate em grupos de
dirigentes de clubes da Série A. Um ponto levantado é de que os dois modelos
são bem diferentes. Por isso, há uma corrente que defende que deveria ser
pedido as duas empresas que padronizassem as propostas para que pudessem ser
analisadas. Assim, poderia ser feita uma concorrência.
Há dois pontos questionados nas propostas, na versão de dois dirigentes de
clubes ao blog. No caso da Codajas, a falta de garantia de investimento é
vista como um grande obstáculo para os times aceitarem a proposta. O grupo é
considerado sério, mas, sem dinheiro na mesa, é haverá dificuldade de dar
exclusividade de mandato para uma empresa.
No caso da LiveMode/1190, há a expectativa de saber de quem será a garantia a
dinheiro. Na visão de dois dirigentes, as empresas têm que demonstrar a origem
dos recursos para embasar a proposta. Isso deve acontecer em algum momento.
Por enquanto, a certeza é de que as duas propostas esquentaram novamente as
discussões sobre a Liga entre os clubes. Resta saber quais os próximos passos
que vão tomar sobre o tema.
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Imagem: Divulgação