Por Fred Gomes e Fred Huber | GE:
  Com a vitória de Rodolfo Landim na eleição, o Flamengo espera aprovar nesta
  semana o orçamento para 2022 e intensificar a busca pelo novo treinador. A
  ideia é que seja um estrangeiro, e o clube vê com bons olhos que traga consigo
  uma comissão numerosa, como aconteceu na época de Jorge Jesus. A contratação
  de reforços só deve acontecer a chegada do novo comandante.
  A diretoria já começou a fazer alguns contatos, principalmente de opções em
  Portugal.
  - Se a gente quer trazer um técnico com uma comissão técnica mais robusta,
  acho que o prudente é o técnico falar de posição quando ele chegar. Ele
  analisar um pouco o elenco para que aí sim, dentro de um diagnóstico dentro do
  próximo técnico, a gente chegar e se posicionar também. Isso não quer dizer
  que não tenhamos as nossas análises. É muito pouco inteligente da nossa parte
  entrar no mercado antes de ter a contribuição do próximo técnico - disse o VP
  de futebol Marcos Braz.
  O Flamengo ainda tem dois compromissos nesta temporada, os jogos contra o
  Santos, nesta segunda-feira, no Maracanã, e Atlético-GO, na quinta.
Outros trechos da entrevista coletiva de Braz:
Viajaria para buscar técnico?
  - Sempre tem essa possibilidade, é um negócio que gosto muito de tratar no
  olho no olho. Temos compromissos segunda e quinta-feira, mas só vamos tratar
  dessa programação mais efetiva após o término do Brasileiro.
Calendário duro em 2022
  - Os jogadores segunda-feira estarão ainda jogando normalmente os que podem
  jogar. Quem precisa fazer procedimento ou algumas ações serão feitas já nessa
  semana antes de entrarem em férias. Com certeza entrarão em férias porque
  vamos ter um calendário muito duro em 2022, oito Datas Fifa. E o problema não
  é só sempre a data do jogo. O jogo subsequente também sofre muito e tem muita
  perda. Vai ser uma temporada muito difícil de novo, mas tenho certeza absoluta
  que vamos trabalhar para que os resultados sejam diferentes.
Ajustes no departamento de futebol
  - Não é falácia. A gente vai fazer os ajustes que tem que fazer. Com certeza
  até quando se ganha tem erro. A gente vai fazer esses ajustes, a torcida do
  Flamengo pode acreditar nisso. Vamos fazer mea-culpa de várias situações e
  vamos para frente.
  Tivemos três anos o maior acidente da história dos 126 anos do Flamengo em 30
  dias de gestão. É um acidente que é irreparável. A gente vai conviver com isso
  por muito tempo. A gente passa 2019 com brilho na parte esportiva, vem a maior
  crise sanitária do mundo, e a gente perde receita, perde o público, perde a
  força da torcida, que sempre fez parte da história e sempre foi muito
  importante para o Flamengo. Passamos por tudo isso. O Flamengo perdeu um
  Mundial na prorrogação, perdeu uma Libertadores na prorrogação, mas ganhou
  dois Brasileiros, uma Libertadores, Supercopa, Recopa... É isso que a gente
  precisa, é isso que a torcida que quer.
  Bola pra frente, reconhecer e conviver com alguns erros que teremos pela
  frente.
Reformulação e avaliação do próprio trabalho
  - É um processo natural. Quando você traz um técnico com comissão técnica mais
  robusta, já passa por isso ao natural. A gente, com calma, escolhendo técnico
  e comissão, vai avaliar. Todo mundo é avaliado sempre. Eu sou avaliado pelo
  presidente Landim. As pessoas que estão aqui no Flamengo são avaliadas sempre.
  Vamos analisar todos os pontos. Quando se ganha, não está tudo certo. Quando
  se perde, também não pode querer ter a certeza que está tudo errado. Temos
  mea-culpa em algumas situações, são decisões diárias que você tem de tomar sob
  pressão. São três anos que têm um saldo muito positivo, e é por isso que eu
  acho que o presidente Landim me reconduziu ao cargo. Sempre o deixei à
  vontade. Quem trabalha no governo no final meio que deixa para o governador ou
  o prefeito para fazer seu secretariado.
  Se arrepende de não ter aceitado a demissão quando Renato entregou o
    cargo?
  Rogério Ceni me entregou o cargo duas vezes, e a gente acabou campeão
  brasileiro. Acho que não é justo comigo essa pergunta. São três anos para
  frente, e é vida que segue.
Saída de Renato
  - Teve um fato em que a gente se encontrou, e ali ficou uma conversa entre eu,
  Renato e outras duas pessoas. Ali foi dado o desfecho. É vida que segue.
Críticas ao departamento médico
  - Quem está no Flamengo tem que aprender a conviver com as críticas, acho que
  você tem de tirar sempre proveito delas. Em relação ao DM, a técnicos, somente
  depois de terminar o Campeonato Brasileiro. Se teve algum erro, a gente faz as
  correções e os ajustes. Não pode querer achar que está tudo errado quando
  perde ou que está tudo certo quando ganha.
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Imagem: André Durão
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