Queda de desempenho preocupa o Flamengo, e mapa de calor mostra Gabigol longe da área e menos móvel




Por Diogo Dantas | Extra: Nesta quinta-feira, o STJD absolveu Gabigol, do Flamengo, por ter chamado o futebol brasileiro de "várzea". O fato aconteceu após o atacante ser expulso da partida contra o Internacional, pela 15ª rodada do Brasileirão, no dia 8 de agosto. O camisa 9 não gostou de ter sido mandado embora para os vestiários mais cedo e as câmeras no Maracanã flagraram o desabafo. 



"STJD absolveu o Gabriel por ter falado Várzea. Pegou um jogo por ter batido palmas. Portanto, está livre para jogar, porque já cumpriu a punição. Vamos em frente", comemorou o vice-presidente Geral e da Procuradoria Geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches.

Mais do que o desempenho coletivo, a queda de Gabigol é a maior preocupação do Flamengo após o empate com o Athletico-PR, pela primeira partida da semifinal da Copa do Brasil.



Ainda que tenha torcido o pé e sido substituído, o atacante teve desempenho abaixo da crítica, e seu rendimento acendeu o alerta no clube, após duas convocações seguidas para a seleção.

O temor é que os efeitos do excesso de jogos do camisa nove já apresentam consequências claras no campo de jogo. Pelo mapa de calor, a atuação na Arena da Baixada indica que Gabigol não pisou na área. O jogador atuou quase como um ponta, sempre pelo lado direito, e muito recuado.




A análise da participação em campo pode dar mais explicações sobre o momento de Gabigol. O atacante também teve dificuldade de entrar na área contra o mesmo adversário pelo Brasileiro, no início do mês.


Em alguns dos últimos sete jogos em que está sem fazer um gol, entretanto, Gabriel se movimentou mais no gramado, como contra o Barcelona pela Libertadores e até no último duelo pelo Brasileiro, diante do Cuiabá, em que o time teve atuação ruim e ficou no zero a zero.





É exatamente esse momento atual de menor mobilidade que chama atenção da comissão técnica do Flamengo sobre Gabigol.

Contra o Grêmio, tanto no Brasileiro como na Copa do Brasil, o jogador se desdobrou em funções por todo o campo, e também chegou na área.




Outro dado que ajuda a entender o momento é que, dos sete jogos em que passou em branco, Gabigol não teve as melhores companhias em quatro deles.

Bruno Henrique e Arrascaeta foram titulares nos jogos com o Barcelona e diante do Athletico-PR no Brasileiro. Diante de Athletico-PR, Cuiabá, e nos dois jogos contra o Grêmio, no Brasileiro e na Copa do Brasil, desfalcaram a equipe por causa de lesão.



Sem sua dupla de ataque, Gabriel não só fica mais isolado, como não tem com quem produzir jogadas. É clara a dificuldade maior de tabelas com outros jogadores em comparação a Bruno Henrique. Em especial, Pedro, que normalmente não entra para jogar ao lado do camisa nove. E sim o substituiu.

O Flamengo vai avaliar Gabigol para saber se a lesão no tornozelo vai tirá-lo do jogo com o Fluminense no sábado, pelo Brasileiro. Mas o fato é que o artilheiro dá sinais claros de esgotamento.


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Imagem: Divulgação

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