Por Venê Casagrande | O Dia:
Avassalador dentro de campo e saúde financeira em dia fora das quatro linhas.
Mesmo com a pandemia da Covid-19 e consequentemente a queda de receita, o
Flamengo terminou o primeiro semestre de 2021 com R$ 35 milhões em caixa. Para
tamanho êxito nas finanças, a equipe responsável, comandada pelo VP Rodrigo
Tostes e o Diretor Fernando Goes, faz um trabalho árduo de gestão do setor.
Apesar do sucesso, há quem diga que o Flamengo "mascara" os problemas
financeiros e está aumentando a dívida. Pelo contrário: a expectativa é de
reduzir o endividamento líquido do Clube até o final do ano 2021, mesmo em um
ano de pandemia.
Só em 2021, o Flamengo deverá pagar mais de R$ 200 milhões em amortização de
aquisições de direitos federativos e seus custos relacionados a aquisições de
jogadores realizadas em 2021 e em anos anteriores, como por exemplo Pedro,
Gabigol e Gerson. Este último foi vendido, e o clube receberá em parcelas que
serão quitadas até 2025.
De maneira resumida, a dívida líquida operacional em dezembro de 2021 foi de
R$ 440 milhões. O planejamento da equipe de finanças do Flamengo é de chegar
em dezembro deste ano com redução de R$ 76 milhões deste valor mesmo em mais
um ano de pandemia. Ou seja, chegar a R$ 364 milhões no fim desta temporada.
Em recente entrevista ao Jornal O Dia, Rodrigo Tostes, atual VP de Finanças do
Flamengo, falou sobre a saúde financeira do clube durante a pandemia.
"A saúde financeira está muito saudável. Os números do primeiro semestre
mostram claramente que a gente está bem. Poderíamos estar melhor se não
tivesse a pandemia, mas mostra que estávamos forte o suficiente em 2019, em
processo de transformação. Só para tentar exemplificar um pouco, a gente
terminou o primeiro semestre com aproximadamente R$35 milhões de reais em
caixa, apesar de ter perdido entre R$70 milhões e R$80 milhões de bilheteria e
sócio torcedor. A gente pagou todas as contas em dia. Investimentos um pouco
mais de R$ 110 milhões em direitos de atletas que a gente vem adquirindo ao
longo do tempo. Então, investimos R$ 110 milhões, a gente paga as contas em
dia, a gente deixou de receber 75 milhões em função dos problemas da pandemia
e mesmo assim terminamos o primeiro semestre com R$35 milhões em caixa. Isso
mostra a força da marca, o trabalho que vem sendo feito, mas não só pela área
financeira, mas por todas as áreas, e a gente faz a gestão desse trabalho. O
Futebol se comprometeu, entregou, não só do ponto de vista de venda, mas de
performance. O Esporte Olímpico vem tendo sucesso. O Marketing vem entregando
mais. O Flamengo está absolutamente saudável, mas poderia ser melhor se não
fosse a pandemia."
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Imagem: Divulgação
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Finanças