Por Igor Siqueira e Leo Burlá | Uol:
Os clubes se movimentam para formalizar até amanhã (10) o pedido no Superior
Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para derrubar a liminar conseguida pelo
Flamengo , que dá ao Rubro-Negro o direito de ter público nos estádios em
jogos como mandante. A ação conjunta combinada na reunião de ontem (8), junto
à CBF, vai bater na tecla de que houve uma decisão em colegiado do conselho
técnico da Série A, formado pelos clubes, contrária à presença de público
enquanto todas as cidades que acolhem o calendário nacional não derem aval
para isso.
A argumentação sublinhará que a CBF, tem, sim, uma parcela de autonomia para
deliberar sobre o assunto do público, já que é organizadora da competição. Na
visão dos clubes, a prerrogativa das autoridades para liberar a presença de
torcida — como citada na liminar concedida pelo presidente do tribunal,
argumento reforçado pelo Fla — corre em paralelo.
Os clubes querem que o processo ande rápido no STJD, até pela proximidade ao
jogo do Flamengo contra o Grêmio , pela Copa do Brasil . O presidente
gremista, Romildo Bolzan, disse no encontro com os pares que não vai colocar o
time em campo se a partida tiver público . A reunião teve um tom duro em
relação ao Flamengo. Houve uma convergência entre os outros representantes nas
críticas ao ausente rubro-negro.
Diante do cenário, Mário Bittencourt, presidente do Fluminense , chegou a
citar uma situação hipotética relacionada à tentativa de formação da liga dos
clubes — uma decisão seria tomada em colegiado e mesmo assim haveria o risco
de que um clube contrariado recorresse à Justiça para mudá-la. A citação
mostra como anda estremecido o debate em relação à formação de um bloco de
clubes.
Ainda durante a reunião, os dirigentes debateram como o Flamengo poderia ser
punido se passasse por cima do combinado entre os clubes. Mas os cartolas não
encontraram um meio viável para definir a questão naquele ambiente de
discussão.
O presidente do Palmeiras , Mauricio Galliote colocou um pouco de pressão na
CBF, dizendo que a entidade não poderia aceitar que o rival coloque público em
seus jogos pelo Brasileiro sem a aprovação dos demais clubes.
Alguns dirigentes se dispuseram a falar diretamente com Rodolfo Landim sobre o
assunto, na tentativa de demovê-lo da ideia de ter torcida nas partidas.
Um deles foi o presidente da Federação Paulista de Futebol , Reinaldo Carneiro
Bastos. "Companheiro" de Landim na função de interventor da CBF — que foi
determinada pela Justiça, mas não chegou a se concretizar na prática —,
Reinaldo disse aos demais que a postura devida de Landim seria participar da
reunião e não mandar nota. Ao mesmo tempo, o dirigente paulista ainda
incentivou que os clubes tentem resolver a liberação junto às respectivas
prefeituras.
A decisão de não ir a campo, caso o Flamengo use a liminar, foi a última
medida acertada entre os clubes na reunião. A visão deles é que essa é uma
medida extrema para frear a iniciativa rubro-negra, caso a empreitada no STJD
não dê certo. Mas o recado da CBF é que a suspensão da rodada,
administrativamente, pode não ser tão simples. A entidade disse que "irá
analisar juridicamente a questão, uma vez que interfere na esfera de direito
de terceiros adquirentes de propriedades comerciais da competição".
Flamengo seguro
Do seu lado, os rubro-negros entendem que estão totalmente amparados pela
legislação vigente e não se incomoda com quem chama a postura do clube de
isolacionista e egoísta.
Divergências à parte, os principais dirigentes do clube enxergam total
coerência na medida, já que o Flamengo sempre se colocou a favor do retorno do
público. Além disso, as críticas são consideradas oportunistas, visto que os
clubes não demonstraram unidade em diversas ocasiões que desfavoreceram os
rubro-negros.
O impedimento de levar torcida ao jogo diante do Palmeiras, no Allianz Parque,
no Brasileiro de 2019, foi um exemplo usado para ilustrar essa postura
ocasional dos rivais. A recusa da CBF em adiar jogos por conta das convocações
para as Eliminatórias também foi lembrada na Gávea. Na ocasião, o Fla não
conseguiu angariar um apoio sequer entre os clubes e todos se calaram quando a
equipe foi desfalcada em várias rodadas da competição nacional.
Apesar de críticas abertas de parte dos adversários, fato é que o Fla não irá
mover um milímetro a sua determinação de ter de volta parte do Maracanã com
público. O clube firmou posição em torno do assunto e vai jogar no limite da
regra estabelecida pela Prefeitura do Rio de Janeiro .
VEJA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Imagem: Divulgação
1 Comentários
Estão empacados e não evoluem, o jeito é tentar impedir a evolução dos outros, pensamento muito pequeno dos demais clubes, não a toa estão todos fodidos. Ao invés de pensar em. Evolução, tentam fodwr os outros, O Brasil não tem jeito mesmo. Que o Lula volte e foda tudo de uma vez então
ResponderExcluirDeixe seu comentário