Desafios iniciais de Renato Gaúcho no Flamengo vão desde falta de recursos à gestão do vestiário




Em toda relação de amor, alguém tem que ceder. E no namoro tão esperado com o Flamengo, Renato Gaúcho aceitou chegar em um momento conturbado, muito diferente daquele que ele mesmo elogiava em 2019. Sem tempo, sem ser unanimidade e sem o mesmo time que atropelou o seu Grêmio por 5 a 0 anos atrás, o novo comandante foi apresentado ciente dos desafios, que não são poucos. O primeiro, dar apenas um treino hoje antes de disputar uma oitavas de final da Libertadores.



— Considero o Flamengo tão grande quanto a seleção brasileira. Estou bastante emocionado. Poder voltar a pisar no Maracanã e estar ao lado desse grupo vencedor — destacou Renato, ídolo do clube onde foi campeão brasileiro em 1987 como jogador.

A imagem andou arranhada pelo gol de barriga com o Fluminense em 1995 e anos depois, como treinador, quando demonstrou ressentimento em ainda não ter tido oportunidade de comandar o Flamengo. Mas a chance veio, e para encará-la Renato abriu mão de contrato longo e salário alto. Fica até dezembro.



— Acima de tudo é um prazer estar aqui. Tenho certeza que o torcedor entendeu que eu sou profissional. Sei da força do Flamengo, da torcida, espero que ela volte, com os protocolos — disse o técnico.

Além disso, Renato trouxe apenas um auxiliar. O novo comandante terá ao seu lado o fiel escudeiro Alexandre Mendes. Não vieram preparador de goleiros nem preparador físico. Vitor Hugo, que era seu auxiliar e foi preparador de goleiros do Flamengo, não foi aprovado pelo clube. Mas o treinador não costuma trazer muitos profissionais e usa os do clube.



Em campo, Renato prometeu manter a vocação ofensiva da equipe, mas disse que quer conversar com os atletas para fazer alguns ajustes. E avisou que vai dar atenção especial aos jovens, ainda que haja opções qualificadas.

— O elenco é maravilhoso. Perdeu algumas peças, mas é forte — comemorou.

Gabigol é ponto-chave da gestão do grupo

Renato Gaúcho ficou em cima do muro quando questionado sobre a punição do Flamengo ao atacante Gabigol, que foi multado e suspenso do jogo do último domingo por indisciplina. Antes de disputar a Copa América, o jogador faltou a uma apresentação no clube em Curitiba para ser reavaliado de uma lesão na coxa.



Questionado, Renato disse que não estava no clube no momento, e não opinaria. Mas deixou no ar a impressão de que não faria o mesmo. A relação com o ídolo também será um desafio para o técnico. Com estilo motivador e boleiro, tende a se aproximar das principais lideranças, para aí sim implementar seu estilo de comando, aposta do clube.

— Eu não estava aqui, não posso me meter nesse problema. A decisão já tinha sido tomada pela diretoria do Flamengo. Prefiro não comentar, aconteceu sem eu poder me meter, nem procurei saber direito o que aconteceu —, declarou.



O vice de futebol Marcos Braz também comentou o episódio com o atacante. E colocou panos quentes na polêmica.

—A relação sempre foi boa. É um ídolo do clube, mas em alguns momentos há situações pontuais onde há interpretação de um possível problema. Não há nenhum—, disse o dirigente.



Após a apresentação do técnico Renato Gaúco, o Flamengo confirmou que Maurício Souza, que foi interino em alguns momentos, deixa o cargo de técnico do su-20 para se tornar auxiliar da comissão técnica permanente do profissional.

O Flamengo deve promover ainda o retorno de Marcelo Salles, o Fera, que trabalhou no clube até a chegada de Jorge Jesus. Tudo para economizar e poder ainda qualificar o grupo.


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Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/renato-gaucho-no-flamengo-desafios-vao-desde-falta-de-recursos-gestao-do-vestiario-25104976.html
Imagem: Divulgação

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