Foi uma classificação com clima retrô. Como em 2019, ano de seu último
título da Libertadores, o Flamengo voltou a avançar num mata-mata da
competição e com o apoio da torcida na arquibancada . Diante de 5.518
pagantes, os rubro-negros atropelaram o Defensa y Justicia por 4 a 1 e estão
nas quartas, que podem trazer ainda mais nostalgia. O adversário virá do
duelo entre Olímpia-PAR e o Internacional, que foi o rival dos cariocas
nesta mesma fase justamente há dois anos. A definição deste confronto sai
nesta quinta.
Apesar de tantas referências ao passado, é o presente que importa. E ele é
animador. No terceiro jogo sob o comando de Renato Gaúcho — e o primeiro com
todos os titulares — o time segue em evolução. Mais do que a goleada, que
não condiz com a partida, o que marca esta classificação é a capacidade da
equipe de aprender com os erros que quase lhe custaram caro.
Nos primeiros 20 minutos de jogo, só os rubro-negros jogaram. O pequeno
público presente viu um Flamengo que saía em três para adiantar um de seus
laterais (Isla pelo corredor direito ou Filipe Luís pelo meio), que tinha em
Bruno Henrique um escape pela esquerda e que manteve a tradicional
movimentação de Gabigol.
Já para o Defensa y Justicia nada deu certo no começo do jogo. A equipe não
conseguiu acertar a saída de bola e ainda foi frágil na marcação. Rodrigo
Caio se aproveitou disso para abrir o placar, de cabeça, aos 8.
Beccacece teve o mérito de identificar os problemas e corrigi-los logo. A
partir da metade da primeira etapa, os argentinos acertaram a marcação,
reduziram o espaço dado a Bruno Henrique e passaram a pressionar a saída de
bola rubro-negra. Apesar disso, seguiram sem construir.
O gol de empate de Loaiza, aos 39, acabou servindo como punição a um
Flamengo que se acomodou com sua superioridade e conduziu o jogo como se não
ainda não precisasse defini-lo. Foi mais doído ainda por ter ocorrido em uma
falha bizarra de Diego Alves. Pressionado, chutou em cima do meia argentino,
e a bola voltou.
O Flamengo sentiu o empate. E só reagiu após a entrada de Michael. Aos 20 da
etapa final, acertou uma bola no travessão. No rebote, Arrascaeta concluiu.
Com Michael mais aberto pela direita do que Isla ou Éverton Ribeiro, o
Flamengo passou a usar a largura do campo e, assim, impedir que a zaga se
defendesse com tanta facilidade.
E, ao contrário do que ocorreu no começo do jogo, na reta final o time não
se acomodou com a posse de bola. Voltou a criar oportunidades e a
aproveitá-las. Duas vezes, com Vitinho aos 37 e aos 49.
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Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/analise-flamengo-oscila-em-goleada-sobre-defensa-justicia-mas-aprende-com-proprio-erro-1-25121015
Imagem: Adriano Machado
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