Diego Ribas teima em se manter relevante para o Flamengo. Ao longo desses
cinco anos de time, encontrou maneiras de se reinventar, o que explica a marca
alcançada no sábado, após vitória sobre o Fluminense, pelo Campeonato Carioca.
Foi nada menos que o décimo título do jogador pelo rubro-negro.
A primeira metamorfose foi a troca de status. Contratado para ser o astro de
uma leva de jogadores já com grandes ambições de título, viu seus
contemporâneos fracassarem e a montagem do elenco de 2019 fazer toda diferença
para o ciclo de conquistas atual. O jogador aceitou a nova condição de reserva
e muitas vezes viu, do banco, Arrascaeta assumir seu lugar de destaque.
Outra transformação foi a de atitude. Diego sempre exerceu liderança, mas a
subida no tom ficou evidente na saída para o vestiário neste sábado. Com 2 a 0
no placar, Gabigol brincava sobre algo e Diego começou a gritar quase
histericamente por seriedade. Há uma ideia entre rubro-negros de que faltava
naquele 2016 em que Diego foi contratado um espírito vencedor como o atual.
A terceira troca de pele foi tática. Diego Ribas abraçou a função mais
defensiva no campo oferecida por Rogério Ceni. Aos 36 anos, passou a atuar
como volante. A consequência disso: voltou a ser titular do Flamengo e ser
importante não apenas como líder, mas também em termos de jogo. Contra o
Fluminense, foi um dos melhores em campo. Especialmente no primeiro tempo.
Quem tem mais títulos
Para se ter uma ideia, Zico e Júnior, símbolos da geração que ainda é a mais
vitoriosa do clube, somam 13 conquistas de competições oficiais.
O camisa 10 atual pode alcançar os ídolos ainda nesta temporada, em caso de
desempenho perfeito do Flamengo, que ainda disputa a Copa do Brasil, o
Campeonato Brasileiro e a Libertadores.
Seria um feito inédito, em termos de Brasil, uma equipe vencer todos esses
títulos numa mesma temporada. A priori, é o tempo que Diego tem. Seu contrato
vai até dezembro.
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Fonte: O Globo
Imagem: André Fabiano