A decisão do Governo do Estado do Rio de não aprovar os estudos técnicos do consórcio formado por Flamengo e Fluminense para a obtenção da concessão do Maracanã gerou descontentamento nos clubes por dois motivos.
Primeiro, conforme o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), etapa anterior à licitação para a concessão do estádio por 35 anos, as propostas aprovadas levariam a um pagamento de R$ 2.560.364,94 por parte do governo ao futuro vencedor da licitação, que nesse momento entra em um novo processo, mais demorado.
Mas Flamengo e Fluminense não deixam apenas de receber o recurso ao fim do período de permissão de uso do estádio, em novembro, uma vez que ela já seria renovada. O maior problema é o adiamento de projetos que estão estavam entilhados para serem implementados no Maracanã a partir do próximo ano.
Um deles é a reforma do gramado e o investimento em um modelo híbrido, que requer tempo e muito recurso. O Flamengo, que custeia boa parte da manutenção de emergência que teve início nesta quinta-feira, por exemplo, também o faz sem saber se terá o Maracanã para gerir no longo prazo a partir do ano que vem.
Essa foi uma das razões que levaram os dirigentes do clube a se irritarem com a decisão do poder público, publicada em Diário Oficial nesta quinta-feira. Os estudos de Flamengo e Fluminense e de mais duas empresas interessadas foram inutilizados.
Segundo a PMI, no ítem 15.8: "Os valores relativos aos ESTUDOS TÉCNICOS aproveitados ou rejeitados parcialmente serão ressarcidos ao AUTORIZADO exclusivamente pelo vencedor da futura licitação, desde que estes venham a ser efetivamente utilizados no certame".
Agora, a comissão criada para analisar a nova concessão do Maracanã por 35 anos vai preparar um termo de referência para o novo edital, a ser finalizado até início de novembro.
Trecho do Diário Oficial do Estado Foto: reprodução
Na avaliação do Flamengo, o Governo do Estado alegou não ter gostado das propostas para fazer um estudo próprio, mas que no fim das contas acabará levando em consideração o que foi levantado pelo consórcio Maracanã.
Os clubes ainda avaliam se enviarão uma nova proposta ou se aguardam as condições do edital para concorrer.
Os clubes ainda avaliam se enviarão uma nova proposta ou se aguardam as condições do edital para concorrer.
Permissão de uso do estádio
Desde o ano passado, a dupla Fla-Flu é cogestora do estádio enquanto o processo licitatório para a concessão da administração do complexo por 35 anos não sai de fato. O contrato atual de permissão do uso do Maracanã já foi renovado duas vezes, a última até novembro deste ano. Uma nova renovação de mais seis meses já começou a ser encaminhada. Apesar do afastamento do governador Wilson Witzel, a negociação não deve ser afetada.
Inicialmente, a permissão só valeria por 180 dias com uma renovação de mais 180 dias. Porém, não há mais limite de renovações.
O Maracanã tem sido gerido por Flamengo e Fluminense por meio de uma sociedade de propósito específico (SPE). Os aluguéis para jogos custam R$ 90 mil. De acordo com o contrato, os custos de manutenção, estimados em R$ 2 milhões por mês, são de responsabilidade dos clubes. Além disso, uma quantia de R$ 1 milhão tem de ser repassada ao Governo, dividida em seis parcelas ao longo dos 180 dias.
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Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/maracana-por-que-flamengo-fluminense-perdem-dinheiro-com-proposta-inutilizada-24645350
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