Gabigol ganha apoio "inesperado" por pedalada: "Mantive a calma quando passei por isso"



O uso (excessivo ou não?) de jogadas de efeito de atacantes sobre os defensores parece ser daqueles debates intermináveis no futebol. Dribles, firulas, pedaladas... é só ocorrer uma jogada do time que vai ter um grupo que vai reprovar a atitude e o debate esquenta.



No último domingo (1° de setembro), em mais um capítulo, o atacante Gabriel Barbosa, o Gabigol, do Flamengo, ensaiou uma pedalada para cima de Felipe Melo, do Palmeiras. O atacante flamenguista apenas esboçou partir para cima, mas acabou tocando a bola de lado, enquanto o palmeirense acompanhou a jogada sem se exaltar fisicamente, e apenas disse "sem palhaçada".

A jogada acabou não rendendo em oportunidade de gol, mas foi o suficiente para questionamentos como se jogadas como essa valem a pena para tentar desestabilizar o adversário, se é uso de habilidade, ou desrespeito.



Entre críticas e elogios, Gabigol ganhou a defesa de um personagem importante: o ex-zagueiro Gonçalves, campeão brasileiro pelo Botafogo em 1995 e que representou a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1998.

O ex-zagueiro vivenciou uma famosa situação na final do Campeonato Carioca, entre Botafogo e Vasco. No primeiro jogo, quando o time cruzmaltino vencia por 1 a 0, Gonçalves viu Edmundo parar em sua frente na lateral, jogar o tronco pra baixo e dar uma "rebolada" parado. Na sequência, tentou o drible e parou na defesa.



Naquela oportunidade, Gonçalves teve atitude parecida com a de Felipe Melo e ficou parado, sem atacar a bola. Depois, no jogo de volta, o Botafogo levou a melhor e, como parte da comemoração, os jogadores fizeram o gesto na frente da torcida do Vasco.

Mas, ao contrário de tomar partido dos defensores, que reclamam de atacantes mais "ousados", ele disse que lances assim tem que acontecer. Mais de 20 anos depois, o ex-jogador da seleção diz que tudo isso faz parte do futebol de uma maneira sadia, e que Gabigol não pode deixar de fazer isso.



"Acho perfeitamente normal e não vejo como desrespeito. Há de se primar sempre a qualidade técnica do jogador, e o defensor tem que se virar. Não acho que o Gabigol por esse lance mereça críticas, cabe ao defensor conduzir essa jogada", falou o ex-zagueiro ao FOXSports.com.br.

"Eu, como zagueiro, o que mais queria era que o atacante me desse espaço (como ele fez com Felipe Melo), para mim não tinha problemas. Ficou marcado na minha carreira esse lance do Edmundo, em que no final uma só torcida ficou feliz. Na hora mantive a calma, seguiu a jogada e não saiu gol. Mas não podemos impedir o atacante de tentar a jogada", prosseguiu.



Fonte: https://www.foxsports.com.br/news/423593-gabigol-ganha-apoio-inesperado-por-pedalada-mantive-a-calma-quando-passei-por-isso

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