Banco de Márcio Araújo, idolatria e saída conturbada: o fim da relação entre Flamengo e Cuéllar



A relação entre Flamengo e Gustavo Cuéllar chegou ao fim. De malas prontas para viajar à Arábia Saudita, onde assinará com o Al-Hilal, o colombiano dá adeus ao status de xodó em uma conturbada negociação de saída. Entre 2016 e 2019, o volante disputou 167 jogos, anotou dois gols e deixa um vazio no torcedor que outrora o tratou como ídolo.



Chegada ao Flamengo
Cuéllar foi contratado pelo Flamengo como o nono reforço da temporada 2016, a pedido do então técnico Muricy Ramalho. O Deportivo Cali, da Colômbia, informou que a venda do volante custou cerca de R$ 8 milhões, com o rubro-negro superando a concorrência do Cruzeiro na época.

— O Cali deu o "ok" para eu jogar no Brasil. Quem acertou, trouxe a proposta e esteve sempre ao meu lado foi Ernesto Roa, meu representante, e meu empresário Alex Viveros. Felizmente, tudo terminou da melhor maneira. Só faltava isso e nos próximos dias devo viajar para o Brasil — comentou Cuéllar, na época, em entrevista à rádio colombiana "Antena 2".



O banco com Zé Ricardo
No entanto, curta passagem de Muricy pelo Flamengo o fez perder espaço, já que Zé Ricardo preferia a utilização de Márcio Araújo na posição. A explicação estava no período de adaptação do colombiano ao futebol brasileiro. Para ter noção, nos 89 jogos do treinador, Marcio Araújo foi utilizado em 77 oportunidades.

— O Cuéllar estava se adaptando ao futebol brasileiro, conversei com ele várias vezes. Naquele momento a gente tinha outros jogadores que vinham bem também. A adaptação foi realmente a questão que faltou um pouco mais, apesar de que nos últimos jogos que fiz pelo clube, em oito ou nove ele foi titular, então era uma tendência natural que ele pudesse ir já ganhando espaço — afirmou Zé Ricardo, em 2018.



Quase saída e chance com Rueda
Sem oportunidades, Cuéllar quase deixou o Flamengo por empréstimo para o Cruzeiro e para o Vitória. No entanto, foi Reinaldo Rueda, contratado como treinador em 2017, que o trouxe de volta ao time titular. O volante chegou a revelar que, se não fosse pelo técnico chileno, teria deixado o clube.

— Ele me conhecia da Colômbia, me deu muita confiança e aproveitei da melhor maneira. Sempre dei meu melhor dentro do campo, vou continuar fazendo isso sempre que atuar por esse grande clube — afirmou Cuéllar.



O pênalti na Sul-Americana
O Flamengo foi vice-campeão da Copa Sul-Americana em 2017 após empatar em 1 a 1 com o Independiente, no Maracanã. Cuéllar foi o autor do pênalti que gerou o empate da equipe argentina e ainda levou cartão vermelho por reclamação durante a entrega das medahlas.

— Se eu vejo esse cara [árbitro da partida] na rua, eu sei lá o que eu vou fazer com ele. Mas foi algo que me deixou marcado, porque o contato faz parte. Se eu não tenho intenção, posso até ter imprudência, mas até agora eu acho que não foi pênalti, então ficou marcado para mim esse episódio. Faz parte do futebol — lamentou o Cuéllar.



O status de ídolo
Após esse episódio, Cuéllar cresceu de produção e se tornou um dos jogadores mais importantes do Flamengo em 2018. Não à toa, foi convocado para a Copa América e virou um dos principais xodós das arquibancadas. No entanto, apesar do carinho, a falta de títulos fez o volante não se considerar um ídolo no clube.

— Eu acho que os ídolos ficam marcados quando ganham títulos. Espero que no ano que vem seja assim, que deixe algum legado. No Flamengo, o que importa para nós são os títulos — afirmou o volante em 2019.

A saída conturbada
Com uma proposta do Al-Hilal, da Arábia Saudita, o volante Cuéllar acertou a sua saída do Flamengo. O que irritou a torcida foi a sua venda acontecer com a janela de transferência já fechada, o que não permite uma reposição à altura. Vale lembrar que o clube está nas semifinais da Copa Libertadores.


Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/banco-de-marcio-araujo-idolatria-saida-conturbada-fim-da-relacao-entre-flamengo-cuellar-23917331.html

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