Fla mudou ônibus oficial, ampliou estafe e dobrou gasto para atender elenco



A diretoria do Flamengo comete erros de planejamento e está pressionada pelos maus resultados do futebol, mas um ponto é definitivo. O presidente Eduardo Bandeira de Mello atende às demandas do elenco e não deixa faltar nada para que os jogadores busquem os títulos tão sonhados. As conquistas, no entanto, não aparecem e só aumentam a insatisfação interna com os atletas. Em paralelo, a pressão de conselheiros e vice-presidentes sobre as decisões do mandatário já alcança um nível quase que insustentável.


O UOL Esporte apurou que até o ônibus oficial do clube deixou de ser utilizado por um pedido dos jogadores, assim como o aumento de profissionais na comissão técnica e a presença de uma delegação cada vez maior em viagens. Tudo para que os atletas tenham a melhor assistência possível.

Há pelos menos dois anos, elenco e direção mantêm uma relação próxima. Os jogadores têm força com os dirigentes e levantam questões que são atendidas em absoluta maioria. Desde 2016, quando não tinha casa para atuar, o Flamengo adotou os voos fretados como regra. O objetivo era diminuir o tempo em solo e dar conforto aos atletas. Em algumas ocasiões, eles podem até dormir em três poltronas cada nas viagens. A logística é sempre a melhor possível.

A frustração com o resultado final do Campeonato Brasileiro de 2016 não diminuiu as mudanças, pelo contrário. A comissão técnica aumentou - são 40 profissionais atualmente, já que o clube trabalha com plantel fixo. O número praticamente dobrou o custo operacional do futebol, principalmente em razão de o Flamengo viajar com uma delegação cada vez maior.

No Campeonato Brasileiro, por exemplo, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) cede 36 passagens aos clubes para cada partida. O Rubro-negro sempre compra bilhetes extras e também precisa reservar mais quartos e alimentação nos hotéis cinco estrelas, os melhores em cada cidade.
Para alguns jogos, o clube vai com dois preparadores físicos, dois roupeiros, dois massagistas e outros acréscimos. Essa prática, no entanto, jamais foi adotada no Flamengo e ganhou corpo a partir do ano passado. Desta forma, os jogadores são atendidos nos quartos quando necessário e nada falta nas demandas solicitadas.

Ônibus oficial "quicava" muito... Foi trocado

Um dos ônibus da empresa Util alugado pelo Flamengo por exigência do elenco

Entre as alterações para atender ao elenco, a diretoria do Flamengo até deixou de utilizar o ônibus oficial do clube. A mudança foi feita ainda na gestão do diretor executivo Rodrigo Caetano. Os jogadores reclamavam que o veículo - top de linha em 2013 - "quicava" muito durante os trajetos entre o CT Ninho do Urubu, o Maracanã e os aeroportos do Rio de Janeiro.


Os percursos têm em média 45 km e 50 km, com duração superior a 1h nos deslocamentos. A questão é a de que eles não ocorriam todos os dias, apenas em ocasiões de jogos e viagens. Com a demanda, a diretoria passou a alugar os ônibus da empresa Util. Dirigentes insatisfeitos tratam o fato como "capricho" e consideraram inadmissível a exigência dos atletas ter recebido o aval do ex-diretor executivo.

Além disso, a situação cria uma saia justa entre futebol e marketing no Flamengo. O ônibus oficial possui a marca de alguns patrocinadores na pintura. Sem utilizá-lo, os parceiros em questão não aparecem nas chegadas aos estádios e aeroportos - cada vez mais transmitidas e fotografadas. Vale lembrar que os veículos usados atualmente são envelopados apenas com a marca da viação que os aluga ao Rubro-negro. Os patrocinadores foram deixados de lado pelo bem dos atletas. Por sua vez, o clube negocia a aquisição de um novo modelo, que será customizado - o antigo repassado para as categorias de base.

Flamengo tem o que jamais gozou no futebol

Segundo as fontes ouvidas pela reportagem, os jogadores do Flamengo contam com absolutamente tudo o que precisam no dia a dia. Os gastos são enormes com pessoal e operacional. Os resultados, por outro lado, deixam a desejar. Esse ponto é o que perturba o clima na diretoria. Há uma cobrança para que o carro-chefe do clube dê o retorno para um investimento tão elevado.

Os atletas usufruem de benefícios que o Rubro-negro jamais teve. Além da estrutura para o trabalho no CT Ninho do Urubu, os quartos são confortáveis e utilizados como concentração para as partidas. Em dias de treino integral, o descanso é realizado da melhor forma possível. No novo módulo profissional, que está em obras, o panorama será ainda mais positivo - cada atleta terá um quarto individual. Basta lembrar que há alguns anos jogadores e funcionários relaxavam em containers no centro de treinamento.

Muitos ainda dormiam nos próprios carros com o ar condicionado ligado em busca de um conforto maior. O Flamengo evoluiu. Deu estrutura, salários em dia e tudo do bom e do melhor pedido pelo elenco. O problema é que a relação tomou um caminho no qual o clube não tem recebido o retorno esperado. E, aparentemente, uma solução está longe de ser encontrada.

Fonte: Uol








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