Reunião longa, planos e mãe: no Peru, Guerrero avança em missão antidoping



Paolo Guerrero segue tentando reverter o resultado analítico adverso do teste antidoping realizado depois da partida do Peru contra a Argentina, pelas eliminatórias da Copa do Mundo. O domingo, inclusive, foi de trabalho para o atacante: ele e sua defesa se reuniram com dirigentes da Federação Peruana de Futebol em Lima, no Peru, e deixaram o local otimistas.

Viajaram com Guerrero para a reunião no Peru: o advogado Pedro Fiba (que trabalha com Marcos Motta e Bichara Neto na defesa do camisa 9 do Flamengo) e o bioquímico Luiz Carlos Cameron. O encontro, na sede da Federação Peruana de Futebol, no bairro de San Luis, começou por volta de 13h (no horário de Lima, e 16h de Brasília) e terminou perto de 18h (da capital peruana, 21h da brasileira).

No encontro, a defesa de Paolo Guerrero teve acesso a documentos do período em que o jogador esteve com a seleção peruana para as Eliminatórias da Copa do Mundo. Cameron, o bioquímico, teve acesso a documentos para identificar de onde veio a substância encontrada na urina do atleta. Além disso, analisou toda a parte técnica e química das análises laboratoriais para verificar se há irregularidades.

Depois das cinco horas de reunião, Guerrero e sua defesa deixaram a Federação Peruana de Futebol confiantes em um final feliz para o caso. A mãe do jogador, Petronila Gonzáles, conehcida como Dona Peta, acompanhou o filho na chegada e na saída do local, segundo relatos de jornalistas peruanos.

O próximo passo, agora, é a abertura da contraprova. O laboratório que analisa amostras de urina dos testes antidoping de competições organizadas pela Conmebol fica em Colônia, na Alemanha. Um membro da Federação Peruana de Futebol será o representante de Guerrero na cidade para acompanhar de perto da abertura da contraprova do exame - o pedido foi feito após o resultado inicial. O procedimento ocorrerá nesta semana, ainda sem dia exato definido.

Quando passa pelo teste antidoping, todo jogador urina em dois potes: o A e o B. O primeiro é aberto para que seja examinado. O segundo fica guardado e serve de contraprova nos casos em que o outro tem um resultado analítico adverso, como no de Guerrero. É a abertura deste pote que a defesa acompanhará em Colônia.

Durante o processo, Guerrero terá a oportunidade de apresentar seus argumentos ao Comitê de Disciplina da Fifa e pode até mesmo ir à Suíça. Isso, entretanto, não é o que ocorre em todos os casos e está na lista de possibilidades do jogador rubro-negro. A defesa do atleta ou o painel do comitê que julga situações assim podem solicitar a audiência. Antes, entretanto, é preciso aguardar o resultado do exame analítico, o que ocorrerá num período de cinco a 10 dias.

O exame realizado durante as Eliminatórias detectou na urina de Guerrero a substância Benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína. A pena prevista para casos como este é de quatro anos. Enquanto o caso não é julgado, o atacante foi suspenso por 30 dias pela Fifa e sequer pode treinar com o elenco do Flamengo. Agora, o camisa 9 rubro-negro quer provar ser inocente.

Segundo especialistas ouvidos pelo GloboEsporte.com – que não quiseram se identificar –, a substância aparece em exames antidoping não somente por utilização da droga, mas também por ingestão de alguns chás de coca considerados medicinais. Muitos são utilizados em países como Peru e Bolívia, por causa da altitude.

Pessoas próximas ao jogador garantem que ele não faz o uso de drogas. Os advogados Pedro Fida, Marcos Motta e Bichara Neto cuidam do caso de Guerrero.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/reuniao-longa-planos-e-mae-no-peru-guerrero-avanca-em-missao-antidoping.ghtml






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