Fla aguarda posição do procurador do STJD e prepara dossiê do clássico até segunda



O Flamengo reúne todo tipo de prova material sobre as confusões no clássico contra o Botafogo no estádio Nilton Santos para apresentar a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva até segunda-feira. Entre os casos está a injúria racial da qual foram vítimas familiares do atacante Vinícius Júnior. Imagens sobre o caso foram produzidas pelo clube, que também lista danos ao patrimônio e à sua torcida no jogo pela Copa do Brasil.

O procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Felipe Bevilacqua, pretende utilizar os vídeos que surgiram com imagens de supostas injúrias raciais de torcedores do Botafogo contra familiares do jogador do Flamengo para avaliar se cabe denúncia contra o clube de General Severiano. Segundo o artigo 243-G, caso a infração seja praticada por “considerável número de pessoas”, o Botafogo poderia ser punido com perda de pontos ou até exclusão do torneio.

Bevilacqua explicou que o vídeo que levou á prisão do torcedor do Botafogo André Luis Moreira dos Santos vai ser usado como prova, mas que para punição ao clube é necessário que mais torcedores tenham cometido o ato.

— O vídeo é prova e vai ser utilizado. Mas para a infração pertinente. Se for detectado número significativo de torcedores praticando o ato racista e essa manifestação estiver ligada diretamente à competição, será o artigo 243-G. Mas para isso as provas precisam ser incontestáveis. O que eu não posso falar nesse momento é se é ou não é. A cada momento surge um vídeo — explicou o procurador.

Segundo Bevilacqua, a análise é do ponto de vista desportivo disciplinar.

— O "crime" é de competência da justiça criminal. O torcedor em princípio não é meu jurisdicionado, tão somente o clube pelos atos da sua torcida - explicou o procurador.

Imagens foram feitas por dirigentes do Flamengo, que reúne o material para apresentar ao STJD. Os dirigentes não se identificaram, mas relatam ter visto mais botafoguenses ofendendo de forma preconceituosa os rubro-negros nos camarotes do estádio na última quarta-feira.

— A norma não prevê um caso de um torcedor de forma isolada. Se faz necessário que as manifestações da "torcida" estejam diretamente ligadas à competição, ou seja, que a torcida se utilize, se aproveite do espetáculo esportivo para praticar esse ato criminoso - finalizou Bevilacqua.

Fonte: https://extra.globo.com/esporte/fla-aguarda-posicao-do-procurador-do-stjd-prepara-dossie-do-classico-ate-segunda-21723276.html





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