Flamengo peca em duelos na defesa e por não ser incisivo no ataque



Se algo ficou claro no duelo da Arena da Baixada é que o futebol não oferece garantias. Porque de um primeiro tempo desencontrado, em que produziu muito pouco e cedeu várias oportunidades ao rival, o Flamengo saiu com a vitória parcial. E de um segundo tempo em que melhorou em alguns aspectos do jogo, saiu com o gol sofrido e o empate em 1 a 1. No balanço final, entre chances criadas e perdidas, o Atlético-PR as teve em número maior, embora Guerrero tenha tido excelente ocasião no fim.

O que faltou em quase todo o jogo foi a capacidade de agredir, ser incisivo, incomodar o goleiro adversário. É algo característico deste Flamengo em passagens da temporada. Ontem, faltou jogo no primeiro tempo para que o time pudesse produzir oportunidades reais. No segundo tempo, com mais trocas de passes e capacidade de levar a bola da defesa ao ataque, faltou penetração, profundidade. Algo que melhorou sensivelmente com as entradas de Lucas Paquetá e Vinícius Junior.

Quanto ao jovem futuro jogador do Real Madrid, ainda é impossível olhar para ele no campo e ver um atleta de R$ 164 milhões. Até porque, se fosse possível, estaríamos diante de um fenômeno único. Por enquanto, aporta ao time a tentativa de driblar, rara no Flamengo atual. Evoluiu, embora seja natural que ainda tenha índice alto de perdas de bola. Talvez lhe falte um grande acerto para aumentar a confiança.

Os desfalques também atrapalham a questão ofensiva. Alguns são menos previsíveis, como Gabriel, Diego e Berrío. Quanto a Éverton e Ederson, é possível discutir se a formação do elenco deveria levar em conta o histórico de ambos, com ausências recorrentes.

NOVIDADE NO MEIO-CAMPO

Diante do quadro, Zé Ricardo tentou neste domingo uma formação com Cuéllar, novidade na escalação, junto a Márcio Araújo na dupla de volantes. O trio de meias tinha Willian Arão pela direita, Mancuello pelo meio e Matheus Sávio na esquerda. Como Mancuello já iniciava as jogadas muito adiantado, o Flamengo colecionava minutos de posse de bola entre seus zagueiros e volantes, sem opção de passe à frente. Vaz e Réver erraram muito no combate e nas saídas de bola, assim como Márcio Araújo, que fez péssimo jogo. Mas não era fácil sair jogando nestas condições. Cuéllar mostrou melhor aproveitamento, talvez mereça mais minutos.

O único momento em que o jogo fluiu foi quando Arão tentou se colocar pelo meio, recebeu de Rafael Vaz e iniciou o lance do gol de Mancuello, aos 25 minutos. Fora isso, o primeiro tempo era do Atlético-PR. Grafite e Nikão acertaram as traves, Muralha evitou evitou duas grandes ocasiões e Pablo também andou assustando. Lucro enorme para o Flamengo ao intervalo.

Na volta, Mancuello mais próximo aos volantes e Arão se movendo para ser opção de passes davam mais fluência ao time. O Flamengo tinha a bola progredindo pelo campo. Mas chutava pouco. E seguia perdendo duelos defensivos. Vaz, que fora batido por Grafite no primeiro tempo, perdeu para Thiago Heleno pelo alto aos dez da segunda etapa no gol que decretou o 1 a 1. As chances do Flamengo vieram só depois das trocas. Por exemplo, quando Paquetá tentou o lance individual, vertical, e Guerrero falhou a dois minutos do fim. Fonte: O Globo





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