As negociações continuam, mas ruídos e poderes divididos deixam Diego Alves mais longe do Flamengo do que perto de uma renovação no momento. O contrato atual termina em 31 de dezembro.
Conflitos internos fizeram com que o clube apresentasse uma nova proposta já recusada nesta semana. O goleiro, que demonstrou paciência e esticou a corda reduzindo a pedida inicial, agora espera que a diretoria resolva suas próprias divergências por um final que chegou a ser dado como feliz. Só faltou combinar com todas as partes envolvidas.
A oferta apresentada a Diego Alves e seu empresário, Eduardo Maluf, nesta semana indicava renovação por uma temporada e com reajuste menor do que o acertado em reunião com Bruno Spindel. A recusa chegou acompanhada da reafirmação dos termos ajustados em aperto de mãos no dia 24 de outubro.
Os valores, no entanto, esbarraram em veto dos setores administrativo e financeiro do clube. O vice-presidente de relações externas, BAP, e o vice de finanças, Rodrigo Tostes, tiveram o respaldo do presidente Rodolfo Landim na defesa de um aumento menor. Nos bastidores, o posicionamento é de que Spindel não seguiu o teto estipulado pela alta cúpula do clube.
O ok do diretor executivo foi dado em encontro sem a presença de Marcos Braz, que vinha participando das conversas e tem relação próxima com Maluf e Diego Alves. Foi o vice de futebol quem costurou a permanência do goleiro no início da gestão, quando problemas em 2018 o deixaram praticamente fora do Flamengo.
No cenário atual, o departamento de futebol tem uma missão que não é nada fácil: ou convence BAP, Tostes, Landim e companhia a abrir o cofre e cumprir o combinado ou convence Diego Alves e seu agente a diminuir ainda mais a pedida. A segunda opção está praticamente descartada, visto que o acerto já aconteceu por um valor abaixo do que o camisa 1 desejava inicialmente.
Cronologia da negociação
Maio - Diego Alves recusa propostas do Oriente Médio e recebe promessa de reajuste em renovação
Junho - Indefinição do calendário adia início da negociação
Julho - Saídas de Jorge Jesus e Rafinha fazem com que o Flamengo deixe negociação para depois
Setembro - Enquanto se recupera de lesões, Diego Alves intensifica contatos para renovação. Flamengo apresenta proposta.
Outubro - Diego Alves aceita diminuir pedida, apresenta contraproposta e entra em acordo com Bruno Spindel para renovação.
Novembro - Setores administrativo e financeiro do Flamengo vetam acordo alegando estar acima do teto previsto e negociação fica congelada.
Uma série de fatores expostos na mesa deixam o departamento de futebol em situação delicada. Cronologicamente, as conversas tiveram início ainda no primeiro semestre, quando Diego Alves recebeu propostas de clubes do Oriente Médio e reportou ao Flamengo já após negativas. Na ocasião, ficou combinado que a renovação contemplaria um reajuste próximo do valor recusado.
A indefinição do calendário, a saída de Jorge Jesus e de Rafinha e o surto de Covid-19 retardaram o avanço nas tratativas, e o Flamengo considerou alto o pedido na retomada. Após longas conversas, Diego Alves aceitou a redução e a renovação foi dada como certa por dois anos no aperto de mãos com Bruno Spindel.
O veto quando o contrato chegou para aprovação dos setores administrativo e financeiro causou enorme desconforto e deu início a uma nova rodada de conversas. Eduardo Maluf retornou ao Rio de Janeiro para avançar no acordo, mas a nova proposta em termos abaixo tanto financeiramente quanto em tempo de contrato congelou a negociação.
Neste período, Diego Alves voltou a ficar à disposição de Domènec Torrent e tem sido reserva de Hugo. Internamente, a postura do goleiro é elogiada. No Flamengo, há unanimidade no desejo de permanência, o problema está naquela famosa pergunta: "Quer pagar quanto?".
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Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/cupula-segue-inflexivel-futebol-reduz-proposta-e-diego-alves-tem-renovacao-dificil-no-flamengo.ghtml
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