Análise: escolhas não surtem efeito, e Flamengo sofre com apagão na zaga e pontas pouco efetivos



Domènec Torrent fez seis mudanças no Flamengo para a partida contra o Ceará - três delas técnicas, as outras por força maior. A causa da derrota não foi o rodízio, em si. Mas as escolhas do treinador acabaram por não surtir o efeito imaginado no que se tornou um tropeço rubro-negro.


Dome manteve o esquema das últimas partidas e levou o Flamengo a campo no 4-2-3-1. Desta vez, optou por privilegiar dois velocistas pelos lados: Michael abriu pela direita, e Vitinho, pela esquerda. A estratégia ficou clara no primeiro tempo. A ideia era rodar a bola para que os pontas recebessem em boas condições de definir a jogada, seja com finalização ou passe decisivo.

O time executou o planejado, mas a parte derradeira não funcionou. Vitinho foi o mais acionado, mas errou muito nas tomadas de decisão e pareceu sem confiança para ser mais assertivo. Michael, sem espaço para correr e atacar a última linha, também ficou encaixotado na marcação e pouco contribuiu.


Não bastasse isso, esta rearrumação colocou Everton Ribeiro centralizado. E o meia, um dos pilares técnicos do Flamengo, sentiu a diferença. Se pela direita ele vinha se destacando nas últimas partidas, ao atuar por dentro não foi decisivo. Anteriormente, quando Dome ainda tentava implantar um 4-3-3, Everton já tinha rendido abaixo do esperado jogando pelo meio.

Muitas vezes no primeiro tempo, o camisa 7 esteve afundado demais, quase como um segundo atacante, sem participar tanto da organização das jogadas - com exceção de um contra-ataque em que serviu Gabigol.


Apagão na defesa

Se o ataque não funcionou - Gabigol perdeu duas chances no início que poderiam ter mudado a história da partida -, a defesa também teve sua parcela, especialmente no segundo tempo.

Após um primeiro tempo sem tantas chances criadas, mas com o adversário controlado, o Flamengo viu tudo mudar em seis minutos. Com dois cruzamentos na área, o Ceará marcou duas vezes no início do segundo tempo.


É difícil apontar apenas um culpado. No primeiro gol, Luiz Otávio subiu entre os dois zagueiros para cabecear. No segundo, Charles se antecipou no primeiro pau para ampliar. Em suma: num curto período de tempo, um apagão de toda a defesa definiu a partida.

O Flamengo não teve forças para reagir depois disso. A volta para o Rio de Janeiro será amarga, mas com a lição de que é preciso evoluir defensivamente.


E, principalmente: ainda é necessário um equilíbrio maior no nível de entendimento do sistema de Dome por parte dos atletas: sem algumas referências, como Rodrigo Caio, Filipe Luis e Arrascaeta, a evolução vista nas últimas partidas se perdeu. Basta ver como o time não se movimentou tanto contra o Ceará, tendo Vitinho e Michael.

Dome aposta que o rodízio vai solucionar isso e equiparar o elenco, mas a derrota para o Ceará mostrou que este ponto ainda não chegou.

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Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/analise-escolhas-nao-surtem-efeito-e-flamengo-sofre-com-apagao-na-zaga-e-pontas-pouco-efetivos.ghtmlFoto: JARBAS OLIVEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

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